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14/09/2017 às 15:00, Atualizado em 14/09/2017 às 15:43

PMs podem ser punidos por remover carro envolvido em acidente com morte

Alteração do local do crime pode resultar na prática de fraude processual.

A delegada Célia Maria Bezerra investigará os motivos de os policiais militares do Batalhão de Trânsito (BPTran) terem removido o veículo de Cirlene Alves Lelis Robalinho, 48 anos, antes da chegada da Perícia Criminal, durante atendimento a acidente na Avenida José Nogueira Vieira, Bairro Tiradentes.

No acidente, a aposentada Verônica Ricalde, 91 anos, foi atropelada e morta pelo carro conduzido por Cirlene.

Testemunhas informaram ontem que o carro de Cirlene atingiu Verônica no espaço público reservado à calçada da via. A vítima havia saído de casa para ir ao supermercado comprar ingredientes para fazer pamonha.

Conforme Célia Maria Bezerra, titular da 4ª Delegacia de Campo Grande, a alteração do local do crime pode resultar na prática de fraude processual. “As circunstâncias serão investigadas”, disse.

A OCORRÊNCIA

Enquanto os policiais atendiam a ocorrência e os familiares da vítima procuravam explicações para o acidente, Cirlene, que é esposa do procurador de Justiça Gilberto Robalinho da Silva, ficou dentro de uma farmácia nas proximidades do local do atropelamento.

O marido dela foi ao local dar assistência à esposa juntamente com outros três homens, alguns aparentavam estar armados. Um major da Polícia Militar, que também não tinha envolvimento direto com a ocorrência, também atuou no local do possível crime de homicídio.

A delegada ainda vai decidir se tratará o caso como culposo, em que a autora não tem intenção, ou doloso, quando ela assume o risco.

Há informações de que Cirlene estaria ao celular durante o ocorrido.

No momento que era colocada na ambulância, o major Claudemir - da Polícia Militar - ameaçou jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que acompanhavam o caso.

O policial disse ter recebido ordens do procurador para que Cirlene não fosse filmada ou fotografada, com risco de apreensão dos equipamentos e prisão de quem desobedece.

O coronel Renato Tolentino, comandante metropolitano da PM informou que o oficial não era responsável pela ocorrência e que apenas passava no local quando viu o acidente a parou para auxiliar.

Fonte - Correio do Estado

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