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28/11/2020 às 10:30, Atualizado em 28/11/2020 às 11:24

PMA e Ibama realizam orientação conta alimentação para atrair onça-pintada

Para as pousadas de turismo pesqueiro, além da orientação sobre o problema e consequências de uso das cevas, também há orientação para que durante a temporada de pesca, cada proprietário oriente aos pescadores

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Divulgação

A PMA (Polícia Militar Ambiental) e Ibama realizam orientação a empresas e pousadas de turismo para evitar alimentação em cevas para atrair onça-pintada. Após um vídeo que circulou nas redes sociais este ano, em que pescadores estavam em uma embarcação na região conhecida como “Touro Morto”, no município de Miranda, e uma onça-pintada (Panthera onca) aproximou-se e pegou um peixe em uma embarcação chegando bem próxima aos homens, bem como denúncias sobre pousadas e empresas de turismo ecológico que estariam utilizando cevas (colocar alimento) para atrair os animais e os turistas os virem, a Policia Militar Ambiental e o Ibama realizaram ontem (27), trabalhos de orientação e Educação Ambiental.

Depois de uma reunião pela manhã no quartel da Polícia Militar Ambiental de Miranda, os policiais e fiscais deslocaram-se em embarcações para a região do Touro Morto. Os trabalhos de orientações são voltados especialmente para pousadas e hotéis de turismo ecológico, mas também as pousadas de turismo pesqueiros estão no cronograma de trabalho, apesar de a pesca estar fechada, tendo em vista que há denúncias de que turistas que vêm pescar, também estariam colocando alimento para as onças para possibilitar a visualização e filmagem dos animais.

Para as pousadas de turismo pesqueiro, além da orientação sobre o problema e consequências de uso das cevas, também há orientação para que durante a temporada de pesca, cada proprietário oriente aos pescadores a não realizarem a alimentação e informar, que dependendo da situação, pode haver a caracterização de crime, com pena de até um ano e meio de detenção, bem como infração administrativa, com multa prevista de R$ 5.000,00 por animal.

Com relação às empresas de turismo, as quais continuam recebendo clientes neste período de defeso, a orientação é mais educacional, pois já houve orientações quanto as consequências penais e administrativas relativas às cevas aos animais, não só para onças-pintadas, mas também para outras espécies, que podem ser utilizadas de forma ilegal.

Depois de concluídos os trabalhos na região do Touro Morto, os Policiais e fiscais se deslocarão para a região do Passo da Lontra, a 100 km da cidade de Corumbá, região onde está localizada a Estrada-Parque e que possui grande número de empresas de turismo.

Orientação anterior e fixação de banners

Há cerca de três meses, em uma parceria entre a Polícia Militar Ambiental, a Fazenda de Turismo São Francisco, em Miranda e o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) de Corumbá foi realizado um trabalho idêntico de orientação, quando foram espalhados banners educacionais em árvores (foto) nos principais pontos, onde havia denúncia de alimentação dos animais. Infelizmente um dos banners foi atingido por incêndio.

Onça-pintada

Por ser classificada como um predador de topo de cadeia alimentar, a onça-pintada tem importância vital para a manutenção do ecossistema onde vive, pois controla as populações de todas as suas presas, evitando excessos populacionais, eliminando indivíduos velhos, doentes e potenciais transmissores de patógenos para populações de animais selvagens, animais domésticos e até dos seres humanos, nas áreas do seu habitat.

Os carnívoros predadores influenciam diretamente na população dos mamíferos herbívoros e estes se alimentam das espécies vegetais, que por sua vez influenciam na distribuição de polinizadores, aves e insetos. Essa influência direta em todos os níveis da cadeia alimentar e consequente manutenção do equilíbrio do ambiente em que vivem, faz com que a conservação da onça-pintada, e de outros grandes felinos espalhados pelo mundo, seja um importante mecanismo para a manutenção da estrutura das florestas e da vida no planeta. (Informações da assessoria)

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