Publicado em 13/12/2017 às 10:34, Atualizado em 13/12/2017 às 00:54

PM mata estudante universitária por causa de funk escolhido por ela em festa

De acordo com familiares, Hayssa cursava o segundo período do curso de administração.

Redação,
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Reprodução Facebook

O PM Jorge Luis Aguiar da Silva, de 39 anos, disparou pelo menos 20 vezes contra a estudante Hayssa Alves de Souza Andrade, de 21. O crime ocorreu em Campo Grande, no Rio de Janeiro, e a vítima não resistiu. O policial teria assassinado a jovem após ela ter pedido para tocar um funk na festa em que ambos estavam. As informações são do jornal O Dia.

A vítima e o atirador não se conheciam e estavam na mesma festa. De acordo com uma prima de Hayssa, que não quis se identificar, cada convidado poderia escolher uma música no evento. A jovem universitária escolheu um funk e foi quando as ameaças por parte do policial começaram. "Ele chutou o copo dela e perguntou por que Hayssa estava rindo. Depois, ameaçou-a de morte e atirou 26 vezes", afirmou a prima.

Hayssa foi levada com vida para o Hospital Municipal Rocha Faria, mas não resistiu aos ferimentos. A necropsia apontou 36 lesões de arma de fogo no corpo da jovem, sendo que 22 balas entraram e 14 saíram. De acordo com a perícia, os disparos atingiram principalmente as mãos, os braços, o tórax e os órgãos internos de Hayssa. O PM foi preso em flagrante.

De acordo com Fábio Cardoso, delegado da Divisão de Homicídios (DH) da Capital, o PM ficou irritado porque a música escolhida por Hayssa faria apologia ao Comando Vermelho, facção criminosa presente em vários estados do país. "O policial foi tirar satisfação dizendo que aquilo era música de bandido e ostentou o tempo inteiro a arma", afirmou ele. Segundo o delegado, Hayssa chegou a perguntar ao policial se ele usaria a arma para atacá-la.

De acordo com familiares, Hayssa cursava o segundo período do curso de administração, após passar anos trabalhando como vendedora. Ela era a mais nova de duas irmãs.