Publicado em 04/08/2020 às 07:31, Atualizado em 03/08/2020 às 21:44

PF solicita acesso a aplicativos de celulares dos pilotos que tentaram fugir dos caças da FAB

Dois pilotos foram presos com aeronave recheada de cocaína

Redação,
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Divulgação Fab

A Polícia Federal solicitou à Justiça acesso aos dados dos celulares apreendidos com os pilotos Nélio Alves de Oliveira, de 70 anos, e Júlio César Lima Benitez, de 41 anos, interceptados por caças da FAB (Força Aérea Brasileira) no domingo (02), em Mato Grosso do Sul, e flagrados com com uma aeronave recheada de cocaína. A droga apreendida está avaliada em aproximadamente R$ 28 milhões – foi determinada a destruição do material.

Conforme ofício, por meio dos dispositivos é possível identificar outros envolvidos no esquema. “E. considerando que em poder dos conduzidos estavam celulares. GPSs e outros dispositivos de armazenamento que podem conter gravações de mensagens, e-mail e de ligações que auxiliariam na identificação de coautores e partícipes da prática criminosa realizada por ela, razão pela qual represento pela autorização do acesso aos dados gravados nos celulares citados, inclusive envolvendo aplicativos”, diz a PF.

Além disso, conforme determinado pelo delegado Ricardo Viana de Sousa, foram apreendidos, além de 486,9 quilos de cocaína e 30,8 de pasta base, uma aeronave, GPS, rádio comunicador, dois celulares, documentos diversos, um tablet, bolsa, documentos pessoais e outros objetos que podem interessar à investigação.

O caso

Conforme já noticiado, a FAB interceptou, em operações simultâneas, duas aeronaves classificadas como suspeitas, segundo informações de inteligência da PF, que apontavam que elas poderiam estar associadas ao tráfico de entorpecentes.

As ações envolveram quatro caças A-29 Super Tucano da FAB e um E-99, além de todo o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro. Na primeira ação, uma aeronave monomotor, modelo EMB-720 Minuano, foi interceptada a nordeste de Campo Grande. O monomotor foi abordado por um A-29 e passou pelos procedimentos de averiguação e persuasão.

A aeronave foi escoltada até o pouso obrigatório em Rondonópolis (MT), onde a PF assumiu as ações. O piloto da aeronave foi preso em flagrante e 487 quilos de cocaína foram apreendidos.

Na segunda ação, um bimotor B-58 Baron foi interceptado a sudoeste de Campo Grande, sendo orientado a pousar em Três Lagoas. O bimotor, pilotado por Nélio e Júlio, não cumpriu as determinações dos órgãos de Defesa Aérea e evadiu-se, realizando pouso forçado em campo não preparado, localizado em Ivinhema, com cerca de 518 quilos de cocaína a bordo.

Com informações do Midiamax