Publicado em 02/10/2021 às 09:04, Atualizado em 01/10/2021 às 20:38
O funcionário acusado injustamente explicou ainda que trabalhava no local sem vínculo empregatício formal e que havia sido demitido sem justa causa recentemente pelo pecuarista.
A Polícia Civil, por meio da delegacia de Aquidauana, concluiu que um pecuarista de 55 anos registrou falso crime de subtração de gado, com a finalidade de incriminar o capataz da sua fazenda para “resguardar-se de eventual demanda trabalhista”.
Em razão dos fatos, o pecuarista foi indiciado nesta sexta-feira (1), pela prática do crime de denunciação caluniosa, que prevê pena de dois a oito anos de reclusão e multa.
Segundo o delegado responsável, Jackson Vale, no dia 20/09/2021, o pecuarista compareceu à 1ª Delegacia de Aquidauana e comunicou ter sido vítima do crime de abigeato.
O proprietário rural disse que seu capataz abateu um dos seus bovinos, dividiu em partes e subtraiu do local sem autorização. Além disso, ele afirmou que o crime teria sido filmado por um outro funcionário da fazenda.
Em razão dos fatos, foi instaurado procedimento e as investigações iniciaram, tendo como suspeito o capataz citado pela suposta vítima. No entanto, após intimado para esclarecimentos, o funcionário acusado pelo patrão comprovou que o próprio dono da fazenda havia lhe determinado o abate do bovino e sua divisão em partes para o fim de ser vendido a trabalhadores da mesma propriedade rural.
O funcionário acusado injustamente explicou ainda que trabalhava no local sem vínculo empregatício formal e que havia sido demitido sem justa causa recentemente pelo pecuarista.
Após intimado para ser ouvido na delegacia, inicialmente, o pecuarista manteve a versão de existência do crime de abigeato, contudo, ao ser informado sobre a descoberta da falsa comunicação de crime, ele optou pelo silêncio.
Os investigadores também concluíram que o registro de imagens do suposto abate criminoso do bovino foi realizado com o fim de tentar incriminar o capataz, sendo registrado na verdade o abate determinado pelo próprio fazendeiro.
Com informações do DouradosNews