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24/04/2025 às 11:35, Atualizado em 24/04/2025 às 13:44

Onça que teria matado caseiro no Pantanal é capturada e transferida para reabilitação na Capital

A operação de busca durou três dias e envolveu mais de dez policiais da PMA

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Foto - reprodução PMA

Foi capturada na madrugada desta quinta-feira (24) a onça-pintada que teria atacado e matado o caseiro Jorge Ávalo no Pantanal sul-mato-grossense. O animal, um macho de 94 quilos, foi sendo transportado para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, onde passará por exames e avaliação médica.

A operação de busca durou três dias e envolveu mais de dez policiais da PMA (Polícia Militar Ambiental) e um biólogo especializado. Segundo a corporação, o Cras será isolado temporariamente para garantir o manejo seguro do felino, sem acesso de pessoas não autorizadas.

O professor e pesquisador Geanderson Araújo, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), acompanhou a captura e alertou sobre o estado debilitado do animal. “Ela está magra, muito magra. Agora, precisamos avaliar os próximos passos”, afirmou.

Tragédia no pesqueiro

Jorge Ávalo, conhecido como Jorginho, trabalhava havia cerca de 20 anos no pesqueiro Touro Morto, onde ocorreu o ataque. Segundo o irmão, Reginaldo Ávalo, ele costumava enviar fotos e vídeos de onças avistadas na região e, dias antes da tragédia, havia brincado com o cunhado sobre pegadas suspeitas no local, que poderiam indicar disputa territorial entre felinos.

O desaparecimento de Jorge foi notado na segunda-feira (21), após um pescador visitar o pesqueiro para comprar mel. No local, foram encontradas marcas de sangue e fragmentos de carne no deck, o que levantou imediatamente a suspeita de ataque por animal silvestre. A PMA foi acionada e iniciou as buscas ainda no mesmo dia.

A remoção da onça levanta novas discussões sobre o equilíbrio entre a presença humana e a vida selvagem no Pantanal, uma das maiores e mais ricas áreas úmidas do planeta. A avaliação do comportamento do animal e suas condições de saúde será determinante para definir seu futuro.

O corpo de Jorge foi sepultado após passar por uma série de exames periciais no Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. O sepultamento aconteceu na quarta-feira à tarde.

O laudo pericial deve ficar pronto em 10 dias, sendo que no corpo da vítima foram encontrados sinais que indicam mordidas e unhas de animal.

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