Publicado em 10/05/2018 às 08:00, Atualizado em 09/05/2018 às 21:56

NOVA ANDRADINA: Vítima de acidente faz palestra para alunos da escola Capilé

Hoje em uma cadeira de rodas, ‘Kleber Passoka’ conta sobre a luta diária para melhorar a sua qualidade de vida.

Redação,
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Divulgação

Em mais uma ação do Maio Amarelo, movimento que chama a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito, o Demtran de Nova Andradina convidou Kleber da Silva Gutendolfer, o “Kleber Passoka” como é conhecido, hoje com 35 anos, vítima de acidente de trânsito há dois anos, para ministrar palestra aos alunos da Escola Estadual Austrílio Capilé e Castro.

Kleber Passoka contou um pouco sua trajetória de vida, em especial, de como tem sido sua luta diária após um acidente ocorrido no dia 23 de abril de 2016, próximo ao Parque de Exposições, um mês após adquirir sua moto, uma Kawazaki Z 750.

Kleber foi atingido por um corsa Classic, conduzido por um adolescente de 16 anos, que invadiu a pista e o atingiu. O impacto foi tão violento que ele diz que não se lembrar de quase nada até ser socorrido às pressas para o Hospital Regional.

O acidente o deixou paraplégico após os exames atestarem uma grave lesão medular, além ainda de três lesões torácicas e três vertebras fraturadas. Já o menor que causou o acidente, se evadiu do local e supostamente estaria embriagado. Seus familiares nunca deram assistência a Passoka.

O ex-motociclista, que é casado e pai de um casal de filhos, começou uma verdadeira batalha para melhorar sua qualidade de vida com sessões de fisioterapia, remédios, tratamentos de reabilitação e, principalmente, o apoio incondicional da família. Hoje, já consegue levantar da cama sozinho, escovar os dentes, trocar de roupa e até se alimentar. A única coisa que não consigue ainda fazer sozinho é tomar banho.

Ao final da palestra, Passoka afirmou que falta conscientização aos condutores e pedestres. “Como diz o lema da campanha: Nós somos o trânsito. O ser humano precisa antes se colocar no lugar do outro antes de julgar alguém. Cada um tem que fazer a sua parte”, encerra.