Buscar

14/10/2016 às 19:30, Atualizado em 14/10/2016 às 21:07

Mulheres vão ter 20% da vagas em empresas de segurança em MS

Reserva será obrigatória para empresas que prestam serviço ao setor público.

Cb image default

Empresas de segurança que prestam serviço para órgãos públicos de MS deverão ter reserva de vagas para mulheres (Foto: Reprodução/TV Morena)

As empresas de segurança, vigilância e transportes de valores que prestam serviços a órgãos, entidades e instituições da administração pública estadual de Mato Grosso do Sul vão ter de reservar no mínimo 20% de suas vagas para serem ocupadas por vigilantes do sexo feminino. É o que determina lei publicada nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial do estado e que passa a ser exigida a partir do dia 1º de janeiro de 2017.

A lei foi apresentada pelo deputado estadual Felipe Orro (PSDB) e após ser aprovada duas vezes no plenário da Assembleia Legislativa foi sancionada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A exigência deverá incidir sobre as novas contratações e renovações de contratos, devendo constar nos editais de licitação para a contratação de empresas da área, independente da modalidade de contratação adotada.

Ainda conforme a lei, caberá aos órgãos, entidades e instituições que são os responsáveis pelos contratos com as empresas de segurança a verificação do cumprimento da lei. Dados do Sindicato dos Vigilantes de Campo Grande e Região e da Federação Interestadual dos Vigilantes apontam que 1,6 mil profissionais do setor atuam na capital sul-mato-grossense e 9,6 mil em todo o estado.

Tramitação

Segundo a Assembleia Legislativa, o projeto tramitou por apenas três meses na casa, sendo apresentado por Orro em 31 de agosto e aprovado em segunda votação no dia 21 de setembro. A proposta recebeu parecer favorável em todas as comissões e foi aprovado por unanimidade pelo plenário.

“As mulheres recebem o mesmo treinamento que os homens e estão, portanto, igualmente capacitadas para o desempenho das funções. Mas a preferência das empresas é sempre por vigilantes homens", destacou o deputado autor do projeto que deu origem a lei.

O parlamentar ressalta que o projeto não deve alterar o quadro de pessoal já definido nas empresas, passa a valer apenas para as novas contratações. Ou seja, de cada cinco novos vigilantes que forem contratados por uma empresa, um tem que ser do sexo feminino.

Orro lembrou ainda a presença de uma segurança do sexo feminino é indispensável em grandes empresas ou eventos para o trato com as mulheres, no caso de ser necessária uma revista, por exemplo. "A lei só vem regulamentar isso", concluiu.

Fonte - G 1 MS

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.