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07/06/2018 às 16:00, Atualizado em 07/06/2018 às 14:14

Muambeiro dos ricos e famosos da Capital é absolvido, mas perderá mercadorias

Marcel Costa Hernandes Colombo, que foi preso após denúncias de que forneceria ‘muambas chiques’ aos ricos de Campo Grande, foi absolvido da maior parte dos crimes pelos quais foi denunciado e responderá em liberdade por porte ilegal de arma de fogo por ser réu primário. Ele também perdeu as mercadorias apreendidas.

A decisão desta semana da Justiça Federal absolve Marcel das denúncias do MPF (Ministério Público Federal) de falsificação de dinheiro e contrabando. O empresário segue condenado por porte ilegal de arma de fogo e descaminho.

A pena é de um ano de reclusão e um ano de detenção no regime aberto e 10 dias-multa, ‘no valor unitário de um trigésimo do salário mínimo, vigente à época dos fatos’, que foi substituída por pena restritiva de direitos, com prestação de serviços à comunidade.

Caso

O empresário foi preso em dezembro do ano passado após denúncias de que atuaria em um esquema que vendia produtos de descaminho em Campo Grande, após operação da Polícia Federal. Ele teria como clientes políticos, cantor sertanejo conhecido nacionalmente, artistas locais e nomes conhecidos da sociedade sul-mato-grossense. Para expor o sucesso dos negócios, o investigado ostentava fotos em países da Europa, com carros de luxo e ao lado de personalidades.

Em uma publicação na rede social que divulgava a loja, um cantor sertanejo de fama nacional faz propaganda e diz que o investigado é “o melhor fornecedor de produtos importados de Mato Grosso do Sul”.

Pela manhã, policiais federais e técnicos da Receita Federal estiveram na loja do suspeito, localizada em um hotel nos altos da Avenida Afonso Pena, e recolheram produtos expostos, que segundo investigação, seriam frutos de descaminho, ou seja, material estrangeiro que entrou no País sem o pagamento de imposto.

A Operação Hárpocrates, tem como objetivo combater a entrada e comercialização de produtos estrangeiros no Brasil sem o pagamento de impostos. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos por três auditores e dois analistas fiscais da Receita Federal e 18 policiais federais.

A operação é desdobramento de uma investigação que descobriu esquema de descaminho e lavagem de dinheiro. A primeira envolve a venda de produtos eletrônicos e a segunda constatou venda de roupas de grife.

O nome da operação faz referência à mitologia grega. Harpócrates é o deus do silêncio e segredo, o que segundo a PF, contrasta com a ostentação apresentada por alguns dos investigados.

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