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08/10/2016 às 10:42, Atualizado em 08/10/2016 às 10:43

MPE suspeita que denunciado da Coffe Break está se escondendo

Luiz Pedro não foi encontrado por oficial e desistiu de candidatura.

Luiz Pedro Gomes Guimarães, denunciado na Operação Coffe Break, ainda não foi encontrado pela Justiça, que tenta notificá-lo em processo que pede a indisponibilidade de bens dos denunciados.

Ministério Público Estadual (MPE) suspeita que ele está se escondendo para não ser notificado.

Empresário e pecuarista, Luiz Pedro foi denunciado por associação criminosa e corrupção durante o processo de cassação do mandato do prefeito Alcides Bernal (PP). Ele teria participado de esquema de “compra e venda” de votos.

Oficial de Justiça tentou notificar o empresário por duas vezes, sem sucesso. Na última tentativa, no endereço informado por ele, funcionária informou que Luiz Pedro separou-se da esposa há aproximadamente 45 dias e não morava mais no local.

Conforme o MPE, há suspeitas de que o empresário está se ocultando para não ser notificado, a ponto de ter desistido da candidatura à Prefeitura de Campo Grande pelo PROS.

Luiz Pedro desistiu de concorrer à eleição no dia 24 de agosto, mas não explicou quais motivos o levaram a tomar a decisão. No mesmo dia, ele pediu desfiliação do PROS, partido no qual são filiados Andreia e Gilmar Olarte, ex-prefeito e indiciado na mesma ação.

Diante da situação, promotores de Justiça Thalys Flanklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freite requereram que a notificação de Luiz Pedro seja realizada pela forma dos artigos 252 e 254 do Código de Processo Civil 2.

Artigo 252 dispõe que quando, por duas vezes, oficial de Justiça procurar o citando em seu domicílio sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho. Nos condomínios, notificação será feita ao funcionário da portaria.

Já o artigo 254, afirma que depois de feita a citação, o escrivão enviará, no prazo de 10 dias, correspondência eletrônica ou carta, dando ciência de tudo ao réu.

COFFE BREAK

Ministério Público Estadual (MPE) denunciou 24 pessoas, entre políticos e empresários, pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com base na investigação da Operação Coffee Break.

Foram denunciados os vereadores Mário César (PMDB), José Airton Saraiva (DEM), Flávio César (PSDB), Edil Albuquerque (PTB), Edson Shimabukuro (PTR), Eduardo Romero (Rede), Jamal Salém (PR), João Rocha (PSDB), Otávio Trad (PTB), Paulo siufi (PMDB), Gilmar da Cruz (PRB), Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PTB), Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), e o ex-vereador Alceu Bueno (sem partido),

Também foram denunciados os empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos, João Roberto Baird, Carlos Eduardo Belineti Naegele, Fábio Portela Machinsky, Luiz Pedro Gomes Guimarães, Raimundo Nonato de Carvalho e o procurador da Câmara Municipal André Luiz Scaff.

Operação Coffee Break teve início em investigação feita pelo Gaeco, a partir de representação que atribuía a Olarte e a seu assessor, Ronan Edson Feitosa Lima, a prática de delitos criminais.

Em julho de 2015, a Polícia Federal, MPE e Controladoria-Geral da União (CGU) deflagaram a Operação Lama Asfáltica, destinada a apurar má versação de verbas estaduais.

Neste investigação foram realizadas interceptações telefônicas que demonstraram a existência da conjugação de empresários, políticos e terceiros com objetivo de promover a cassação do mandato do prefeito, segundo o procurador geral de Justiça, Paulo Passos.

Conteúdo - Correio do Estado

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