Publicado em 06/01/2018 às 07:32, Atualizado em 05/01/2018 às 18:24

MP denuncia sargento que atirou em sobrinho no aniversário da esposa

PM deve responder por disparo de arma e lesão corporal grave.

Redação,

O sargento da Polícia Militar e integrante da banca musical da corporação, Eric dos Santos Silva, de 37 anos, foi acusado pelo Ministério Público Estadual por disparo de arma de fogo e lesão corporal grave. O militar baleou um sobrinho durante a festa de aniversário da esposa, na madrugada do dia 3 de dezembro.

No documento, enviado à Justiça pelo promotor Ricardo Benito Crepaldi, do último dia 15 de dezembro, o MP ressaltou todos os detalhes do dia do crime e denunciou o sargento por disparo de arma de fogo e lesão corporal grave, tendo em vista que a vítima foi atingida no lado esquerdo da cabeça e permanece internada.

A denúncia foi aceita pelo juiz de direito Márcio Alexandre Wust, no dia 19 de dezembro, que determinou prazo para a entrega de laudos periciais, intimação de testemunhas e antecedentes criminais do militar.

Conforme o auto de prisão em flagrante, a festa acontecia na casa da família, na Vila Sobrinho, em Campo Grande. A esposa do sargento, que comemorava o aniversário no dia do fato, relatou à Polícia Civil que é cabo da PM e está lotada na Corregedoria da corporação.

Por volta das 3h, segundo relato da esposa, enquanto todos ingeriam bebidas alcoólicas e festejavam, teria pedido ao sargento para colocar uma música. Porém, sem motivos o marido desligou os aparelhos. A mulher teria se recolhido ao quarto, mas logo depois foi procurada pelo marido.

O sargento, que estava embriagado, procurou sua arma e, sem motivo aparente, realizou os primeiros disparos no quarto.

Suposta causa

Já sogra do PM, relatou que a exibição de tatuagens por parte de um dos convidados, que também é policial, teria irritado o genro. A mulher conta que esta foi a primeira vez que o viu na casa da filha, e que o homem só teria sido chamado para a comemoração, pois as filhas se conheceram na escola.

Ainda de acordo com o relato da sogra, o policial que se intitulava “Caveira”, vinha se exibindo, mostrando tatuagens que tinha no braço, e percebeu que o genro começou a se irritar com tal atitude.

Logo depois da suposta exibição, o sargento teria perguntado pela esposa, entrado na casa e iniciado os dois primeiros disparos. A sogra, então, entrou no quarto e pediu para que a filha fosse para sua casa, mas o sargento foi para os fundos da casa e mais disparos foram realizados. A Polícia Militar foi acionada e chegou a perseguir o sargento que tentou fugir.

O militar foi alcançado na rua 13 de maio, próximo ao Comper, e ao desembarcar do veículo, estava com a arma em mãos. Os militares pediram que ele largasse a arma, o que foi acatado, mas na sequência, o sargento voltou para dentro do carro e disse que iria fumar.

Os policiais então pediram que saísse, porém ele resistiu sendo necessário o uso de algemas. O sargento foi preso em flagrante por disparos de arma de fogo e lesão corporal grave. Ele foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e depois de passar por audiência de custódia teve o flagrante convertido em preventiva sendo encaminhado ao Presídio Militar da Capital.

Caso

Um sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, integrante da banda musical da corporação, foi preso no último domingo (3) após discutir com a esposa e balear o sobrinho na cabeça. O crime ocorreu na Vila Planalto, em Campo Grande.

A briga, e em seguida, os disparos teriam começado durante uma discussão entre o sargento e a esposa. Na confusão, a vítima de 29 anos, foi baleada na cabeça e deu entrada na Santa Casa de Campo Grande com quadro clínico considerado grave.