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01/12/2019 às 09:00, Atualizado em 30/11/2019 às 20:34

Membros do PCC tentaram fugir de presídio da Agepen antes de operação do Gaeco

Um foi ferido a tiro durante a ação e continua com projétil alojado no corpo.

Sete internos do PED (Presídio Estadual de Dourados), teriam tentado fugir na madrugada de quarta-feira (27). Um deles, de 26 anos, foi atingido por um tiro na perna durante a tentativa de fuga e está com o projétil alojado na perna.

A tentativa de fuga ocorreu horas antes da megaoperação Flash Back, que cumpriu 110 mandados em oito estados do país contra membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Em Mato Grosso do Sul, mandados teriam sido cumpridos na Máxima em Campo Grande, onde estava a liderança da facção, e também no PED.

Por volta das 2 horas, os sete internos que ocupam a cela 15 do Raio II, destinado aos integrantes do PCC, teriam tentado fugir após serrarem as grades. Agentes penitenciários flagraram a ação pelas câmeras de monitoramento e todos os agentes plantonistas foram acionados.

A princípio Polícia Militar da Guarda e Escolta também foi acionada. No registro consta que o agente comunicante ouviu disparos de arma de fogo e os internos foram abordados no pátio, sendo que estariam bastante nervosos e agressivos. Eles foram levados para a cela disciplinar e a princípio nenhum conseguiu fugir.

Detento ferido que ‘sumiu’

No boletim de ocorrência constam nomes de apenas seis presos, apesar de ser citado que sete tentaram fugir. A denúncia que chegou ao Jornal Midiamax por meio de internos daquele presídio via celular e WhatsApp é de que o preso não retornou para a cela e teria ‘sumido’. Além do mais, a arma dos disparos seria de uso pessoal de um servidor, também segundo a denúncia.

O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) Aud de Oliveira Chaves disse à equipe de reportagem que o detento foi prontamente atendido e encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Os médicos teriam afirmado que não seria necessário que ele fosse levado ao hospital.

Com a bala alojada na perna, o preso teria retornado ao presídio. Nesta sexta-feira ele foi novamente levado para atendimento e não há informação se passará por cirurgia. Conforme Aud, foi instaurado procedimento na Corregedoria para apurar os fatos, inclusive de onde partiram os disparos.

Segundo o diretor, no comunicado interno constam os nomes de todos os detentos. Ele ainda afirmou que no momento, além da exaltação dos presos, chovia muito, o que dificultou na identificação de quem teria feito os disparos durante a ação. O caso é tratado pela polícia como dano ao patrimônio e será investigado pela corregedoria da Agepen.

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