Publicado em 14/05/2017 às 11:00, Atualizado em 13/05/2017 às 20:45

Marfrig tem prejuízo de R$ 237,9 milhões no 1º trimestre de 2017

A margem Ebitda ficou em 8,1%, de 9% no mesmo intervalo do ano anterior.

Redação,
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Unidade da Marfrig Global Foods em Bataguassu, Mato Grosso do Sul

A Marfrig Global Foods apresentou prejuízo líquido no primeiro trimestre deste ano de R$ 237,9 milhões, um aumento de 133,4% sobre a perda de R$ 101,9 milhões registrado no mesmo período de 2016. A receita líquida somou R$ 4,136 bilhões, queda de 16%, ante R$ 4,906 bilhões.A empresa registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado de R$ 334 milhões, 24,6% menor que no primeiro trimestre de 2016 (R$ 443 milhões). A margem Ebitda ficou em 8,1%, de 9% no mesmo intervalo do ano anterior.

De acordo com Estadão Conteúdo, o CEO da empresa, Martin Secco, disse ao Broadcast Agro que a valorização do real do período e a Operação Carne Fraca da Polícia Federal influenciaram negativamente o resultado da empresa."O primeiro trimestre é sempre um período desafiador, certamente o mais difícil da companhia dentro do qual tivemos vários acontecimentos", disse.

Segundo o executivo, assim como as demais empresas do setor, a Marfrig precisou reter exportações, devido ao embarque de países importadores, o que elevou gastos com estoques.Além disso, no mercado interno, houve queda do preço da carne e no consumo. A empresa também teve dificuldade na aquisição de gado a prazo e precisou realizar mais compras à vista.

A alavancagem da empresa passou de 3,98 vezes ao fim do quarto trimestre de 2016 para 4,08 vezes neste primeiro trimestre. Segundo o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Marfrig, Eduardo Miron, o aumento se deve à queda do Ebitda.

IPO

A Marfrig formalizou na Securities and Exchange Commission (SEC) o pedido de registro inicial para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da sua subsidiária Keystone Foods nos Estados Unidos.A empresa brasileira pretende vender parte da sua participação na Keystone no IPO. A Keystone planeja usar os recursos que receber do IPO para financiar crescimento e para usos corporativos em geral.

A conclusão do processo está sujeita à revisão da SEC e às condições do mercado, afirma a Marfrig. "Por questões regulatórias, a companhia não poderá fornecer, neste momento, maiores informações sobre o processo de IPO", diz a empresa brasileira, em fato relevante.