Publicado em 20/10/2020 às 16:30, Atualizado em 20/10/2020 às 17:54

Justiça decreta prisão preventiva de advogado que matou PM no trânsito

Juiz ainda enfatizou que Helder é “operador do Direito, conhecedor das leis”

Redação,

O juiz plantonista Thiago Nagasawa Tanaka decretou a prisão preventiva do advogado Helder da Cunha Rodrigues, que matou o policial Luciano Abel de Carvalho em acidente de trânsito, na manhã desta segunda-feira (19), na Avenida Ministro João Arinos, em Campo Grande.

“Verifica-se, pelas condições do delito, em especial pela natureza do crime, praticado sob o estado de embriaguez, sem a habilitação para à categoria específica, aliado a tentativa de fuga, não ser recomendável, no momento, a concessão de liberdade provisória”, destacou.

Tanaka ainda enfatizou que Helder é “operador do Direito, conhecedor das leis” e que o caso “causou comoção social”. Assim, ele deve responder ao crime na prisão.

O caso

Segundo o boletim de ocorrência, Helder dirigia um Chevrolet Cobalt pela Av. Ministro João Arinos, no sentido Leste Oeste, quando houve a batida com uma Yamaha XJ6, que trafegava pela Av Centaurea, no sentido Norte Sul.

Uma testemunha disse que Helder apresentava visível estado de embriaguez, se apresentou como advogado e, logo em seguida, fugiu sem prestar socorro à vítima.

A polícia encontrou o advogado em frente a Depac Cepol, vestido uma calça jeans e camiseta rosa claro, as mesmas características que a testemunha tinha repassado para a guarnição.

Helder negou participação no acidente e alegou que estava de motorista de aplicativo, porém foi abordado a pé e mostrou muito nervosismo.

Ele foi conduzido até o local do acidente para reconhecimento da testemunha, que o reconheceu de imediato.

O advogado foi algemado no banco traseiro da viatura, pois mostrou nervosismo e por ter fugido antes.

Ele apresentava roupas sujas de terra, fala pastosa, olhos avermelhados e forte odor etílico. O teste do etilômetro resultou em 0,76/mg/l de álcool no sangue.

No local do acidente, os bombeiros fizeram procedimento médico para reanimar a vítima, mas Luciano não resistiu.