Publicado em 10/04/2025 às 10:00, Atualizado em 09/04/2025 às 22:45
O acusado era fiscal de tributos e foi alvo de operação do Gaeco em outubro de 2022
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (9) o ex-fiscal de tributos da Prefeitura de Ivinhema, M. R. S., 50, condenado a 11 anos e 4 meses por peculato (desvio de verba pública em benefício próprio) e lavagem de dinheiro.
O mandado de prisão, expedido pelo Poder Judiciário após a condenação definitiva, foi cumprido por policiais da Seção de Investigações Gerais. O acusado, foi preso em casa e levado para o sistema penitenciário para começar a cumprir a pena em regime fechado, segundo o site Campo Grande News.
A investigação foi conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Em outubro de 2022, o servidor foi preso na Operação Publicanos, do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado).
Em junho de 2023, ele foi condenado a cumprir a pena em regime fechado, à perda do cargo comissionado que ocupava, multado em R$ 9,9 mil e a indenizar a prefeitura em R$ 300 mil. Na sentença, a Justiça entendeu que o restante da movimentação (R$ 500 mil) verificada durante a investigação era oriunda de outras transações. O acusado recorreu da sentença, mas perdeu o recurso e agora terá de cumprir a pena.
De acordo com o Ministério Público, os crimes foram praticados em 2019, 2020 e 2021 – nos dois últimos anos do ex-prefeito Eder Uilson França e no primeiro ano do primeiro mandato do atual prefeito Juliano Ferro (PSDB).
“Valendo-se da função pública, o servidor desviou das contas da prefeitura aproximadamente R$ 800 mil mediante transferências eletrônicas de valores e depósito de cheques pertencentes ao município, mas que eram depositados em suas contas pessoais”, afirmou o MP, no dia da prisão, em 2022.
Para ocultar os valores desviados, o acusado comprou imóveis e os registrou em nome de parentes. Bens móveis e imóveis do acusado e de seus familiares foram confiscados.