Publicado em 12/10/2020 às 11:00, Atualizado em 11/10/2020 às 21:56

Integrante do PCC, André do Rap, foge para o Paraguai após receber alvará de soltura do STF

Polícia Federal investiga se fronteira de Mato Grosso do Sul foi utilizada pelo narcotraficante

Redação,
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Foi montada operação por policiais de São Paulo para encontrar André do Rap - Divulgação/Arquivo Pessoal

Um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), André do Rap, 43 anos, fugiu para o Paraguai depois de ser solto no sábado (10). Polícia Federal de São Paulo investiga se o narcotraficante usou a fronteira do Mato Grosso do Sul para chegar ao país vizinho.

Ele cumpria pena em Presidente Venceslau (SP) por tráfico internacional de drogas, desde 14 de setembro de 2019. Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, foi solto no sábado (10).

Antes de ser solto, André do Rap foi advertido de que teria de atender aos chamados judiciais e não mudar de sua residência, em Guarujá. Mas em liberdade, o narcotraficante dirigiu até a cidade Maringá (PR) e pegou um avião para o Paraguai.

Ele foi seguido por policiais e integrantes do Ministério Público de São Paulo, que repassaram as informações ao Portal Uol.

Oito horas após sair pela porta da frente do presídio, André teve a soltura cassada pelo presidente do STF, Luiz Fux, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A justificativa do STF para a soltura foi de que o narcotraficante estava preso desde o final do ano passado sem uma sentença condenatória definitiva, e já haveria ultrapassado o limite de tempo estabelecido pela legislação brasileira.

O presídio onde André do Rap estava é destinado a integrantes do PCC, considerados de alta periculosidade. Ele havia sido condenado a 15 anos e 6 meses de prisão em primeira instância.

Quando foi capturado, policiais encontraram na mansão luxosa do foragido uma lancha avaliada R$6 milhões e mais dois helicópteros. Ele chegou a ter outros 44 barcos.

O promotor de Justiça Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente e um dos responsáveis pelas ações de combate ao PCC em São Paulo, Lincoln Gakiya, acredita que André do Rap não se entregará e que provavelmente vai voltar a comandar o narcotráfico para a maior facção criminosa do Brasil.

Com informações do Correio do Estado