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22/06/2017 às 13:00, Atualizado em 22/06/2017 às 14:00

Homem que atropelou e matou namorado da ex é condenado a 20 anos de prisão

Ele foi julgado por homicídio qualificado e pela tentativa de assassinar a ex-mulher.

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Foto: Reprodução Topmidia

Max Willian Romana dos Santos, 24 anos, foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, por atropelar e matar Rafael Souza no dia 31 de julho de 2016, no bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande. Ele foi julgado por homicídio qualificado e pela tentativa de assassinar a ex-mulher Pâmela Kethelyn Conceição Vilejo.

Além do cumprir a pena em regime fechado, Max está impedido de conduzir veículos automotores por cinco anos. O prazo de inabilitação valerá a partir do momento que ele sair da cadeia.

O julgamento foi realizado durante todo o dia desta quarta-feira (21), na 2ª Vara do Tribunal e Júri de Campo Grande. O juiz Aluízio Pereira dos Santos considerou que o condenado extrapolou sua culpabilidade, ao aguardar as vítimas o ultrapassarem de motocicleta, para então as perseguir e, propositalmente, lançar seu veículo contra elas, arremessando uma delas a uma distância de 22 metros e a outra a aproximadamente 14 metros.

A promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani classificou o delito como motivo torpe, decorrente de vingança, uma vez que o réu não aceitava o fato de sua ex-esposa estar se relacionando com Rafael e, pelo recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois as surpreendeu quando repentinamente posicionou seu carro atrás da motocicleta em que estavam e provocou o acidente.

Segundo a assessoria do MPE (Ministério Público Estadual), o Conselho de Sentença, por maioria de votos declarados, condenou o réu no homicídio qualificado e na tentativa de homicídio. Os jurados também reconheceram as qualificadoras do crime, pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

O Crime

Em 31 de julho de 2016, Max furtou um carro que pertencia ao Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito) na oficina onde trabalhava e cometeu o crime. Ele disse à delegada Fernanda Mendes, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que pegou o veículo para visitar o filho, que estava em uma chácara, mas após uma discussão com Pâmela mudou de ideia.

Ainda durante o depoimento, Max não teria demonstrado arrependimento, apenas dizendo estar preocupado com o filho que teve com Pâmela durante o relacionamento. "Ele está calmo, mas consciente do crime que cometeu. Demonstrou receio pelo futuro do filho e amor pela ex- companheira", disse a delegada.

No dia do crime, após o atropelamento, acreditando ter matado o casal, Max abandonou o veículo com a chave na ignição, foi até o Posto de Saúde do Nova Bahia, onde existe um ponto de mototáxi, que o levou até o bairro Nova Lima, onde teria se escondido em uma mata até o dia seguinte.

Depois de se refugiar no matagal, Max pegou um ônibus e foi até uma lan house, onde pesquisou a repercussão do caso e confirmou a morte de Rafael. Em seguida, o suspeito novamente pegou um ônibus coletivo e se escondeu no Bairro Noroeste, na casa do irmão onde ficou durante três dias, até se apresentar à polícia.

Pâmela já teria registrado três boletins de ocorrência contra Max, um em 2010, outro na véspera do natal de 2012 e por último, em março de 2016, quando ela pediu medida protetiva que foi retirada pela própria vítima, pois ela disse não estar mais se sentindo ameaçada pelo suspeito.

Conteúdo - Topmidia

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