Publicado em 16/04/2025 às 13:00, Atualizado em 16/04/2025 às 13:03

Homem que ateou fogo em esposa após término é condenado a 25 anos de prisão

Crime aconteceu em 2023 e sentença foi proferida na terça-feira (15)

Redação,
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Foto - Reorodução

Gilmar Alves Cotrin Junior, de 44 anos foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão em regime fechado pela morte da ex-companheira Valéria Carrilho da Silva, aos 35 anos.

A sentença foi proferida em júri popular nesta terça-feira (15), e de acordo com o Ministério Público, o feminicídio foi motivado pela não aceitação de Gilmar ao fim do relacionamento e a negativa da vítima em permitir contato com os filhos do casal. O crime ocorreu em 30 de julho de 2023, na residência da vítima, em Dourados, após o homem invadir o local, jogar gasolina e atear fogo na esposa.

Além disso, o juiz Ricardo da Mata Reis, reconheceu que Gilmar descumpriu uma medida protetiva, fator que aumentou a pena em um terço, cerca de oito anos. A vítima havia registrado boletim de ocorrência contra Gilmar em 2022, e possuía medida protetiva de urgência vigente desde fevereiro de 2023.

De acordo com as investigações, Gilmar premeditou o crime. Na madrugada do dia 30 de julho, ele entrou no quintal da casa da ex-companheira, retirou gasolina do tanque de uma motocicleta e esperou a chegada dela.

Assim que Valéria entrou, ele lançou o combustível e utilizou um isqueiro para provocar o incêndio. Com o corpo em chamas, a costureira correu pelo quintal, o que espalhou o fogo para roupas, uma motocicleta e duas máquinas de costura. A vítima foi socorrida por vizinhos ao Hospital da Vida, mas morreu por volta das 18h do mesmo dia com queimaduras no rosto, cabeça, pescoço, tórax e mãos.

Após cometer o crime, Gilmar fugiu e foi encontrado horas depois escondido em uma construção no centro de Dourados. Preso preventivamente desde então na Penitenciária Estadual de Dourados, ele confessou o crime e, segundo a delegada Thays Bessa, não demonstrou arrependimento. Ainda na madrugada, ele enviou mensagens ameaçando a cuidadora dos filhos, que estava com as crianças no momento do ataque.

O Ministério Público denunciou o réu por homicídio por motivo fútil, uso de fogo e feminicídio, além do descumprimento da medida protetiva e das ameaças feitas à babá das cinco crianças, que serão encaminhadas ao projeto Acolhida do Núcleo de Atendimento às Vítimas (NAVIT).

Com informações do Correio do Estado