Publicado em 07/08/2021 às 13:30, Atualizado em 07/08/2021 às 13:03

Grupo fortemente armado com fuzis invade casa e mata político na fronteira

Aproximadamente 10 pessoas participaram do crime

Redação,

Carlos Rubén Sanchez foi assassinado a tiros de fuzil na manhã deste sábado (7), em Pedro Juan Caballero (PY), fronteira com Ponta Porã. O político já sofreu tentativa de execução e também já foi preso, suspeito de chefiar grupo de pistoleiros que ameaçou um prefeito brasileiro em 2016.

Conforme as informações divulgadas pelo site Midiamax, o grupo de aproximadamente 10 pessoas invadiu a casa de Carlos, o ‘Chicharô’, e fez vários disparos de fuzil. Testemunhas alegam terem ouvido mais de 500 tiros da residência e Polícia Nacional do Paraguai foi acionada.

Foi confirmada a morte de Carlos Sanchez pela polícia local. Conforme o site Ponta Porã News, na madrugada o político esteve com vários amigos em casa. Chicarô é irmão do atual prefeito de Capitan Bado, Denílson Sánchez Garcete e recentemente denunciou para a polícia que estava sofrendo ameaças de morte.

Chicharô era apontado como pessoa ligada a Jarvis Pavão e também a Luiz Carlos da Rocha, o 'Cabeça Branca'. Ele já foi preso por envolvimento com crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Atentado em 2019

Carlos sofreu uma tentativa de homicídio em dezembro de 2019, quando teve o carro atingido por pelo menos 17 tiros. Apesar da blindagem do carro, o político sofreu pequenos ferimentos no antebraço esquerdo por conta dos estilhaços do vidro. Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, os tiros eram de fuzis 7.62, pistola 9 milímetros e escopetas de calibre 12.

Advogado morto

Em novembro de 2020, o advogado de Chicharô, Diego Rotela, foi executado em Capitan Bado, quando saía da casa da namorada. Pistoleiros que estavam em uma motocicleta abordaram a vítima e a assassinaram a tiros.

Ameaça de morte

Em 2016, Carlos foi preso durante cumprimento de mandado, em razão da ameaça feita com armas de fogo contra o prefeito de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold. Suplente de deputado federal no país vizinho na época, Chicharô foi preso enquanto visitava Jarvis Chimenes Pavão.