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20/06/2017 às 17:00, Atualizado em 20/06/2017 às 16:23

Governo de MS gasta cerca de R$ 200 milhões por ano no combate ao narcotráfico

Segundo delegado, investimento na custódia de presos e manutenção do DOF e Defron faz falta em outras áreas.

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Droga estava estocada em casa na fronteira com o Paraguai (Foto: DOF/Divulgação)

O governo do estado de Mato Grosso do Sul gasta em média R$ 200 milhões por ano no combate ao narcotráfico na fronteira. O investimento é destinado à custódia de presos e manutenção de duas polícias estaduais de fronteira, o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e a Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

O delegado responsável pelo combate ao narcotráfico em Campo Grande João Paulo Sartori disse que esse dinheiro faz falta em outras áreas.

“Se observarmos nossas estruturas interior afora, veremos que todas elas demandam em pessoal, veículos, uma estrutura melhor para que possamos fazer um serviço melhor”, afirmou o delegado.

A maior parte das drogas apreendidas pelas polícias Militar e Civil tinha como destino outros estados. Esse tipo de tráfico deveria ser combatido exclusivamente por forças federais, mas o presidente do Sindicato da Polícia Rodoviária Federal Ademilson de Souza reclama que falta estrutura.

Souza afirma que há dois anos o governo federal aprovou um incentivo financeiro para os agentes ficarem mais tempo na fronteira, mas até hoje a lei não foi regulamentada.

“Tem pouco número na fronteira, pouca estrutura e que necessita que o governo invista nele e que tenha mais policiais, mais viaturas, mais equipamentos, mais tecnologias e que as polícias se conversem”, disse o presidente.

O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf) fez um estudo e descobriu que as cidades de fronteira são mais pobres e violentas. Além disso, a falta de combate ao crime nessas regiões gera reflexos no país inteiro.

“Tem de trabalhar o desenvolvimento econômico com maior escolaridade, maior possibilidade de emprego e renda formal e na sequência já vir com segurança pública”, afirmou o presidente do Idesf Luciano Barros.

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