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26/12/2019 às 16:00, Atualizado em 26/12/2019 às 12:48

Garoto espancado por pais adotivos recebe alta e vai para abrigo no PR

Criança pode voltar para abrigo de Mato Grosso do Sul, já que adoção ocorreu em Corumbá.

O menino de 8 anos, que foi adotado em Corumbá por um casal de Londrina (PR) e acabou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com sinais de agressão e tortura, recebeu alta do Hospital Evangélico no dia 17 de dezembro e já está em um abrigo da cidade paranaense. A criança havia deixado a UTI dois dias antes.

Segundo informações da CBN de Londrina, o menino foi levado por uma psicóloga e uma assistente social para um abrigo da cidade, onde deve ficar até que haja uma decisão judicial sobre o caso. Por enquanto, o juiz da Vara Cível de Corumbá, onde o processo de adoção tramita, determinou a suspensão da guarda do casal.

Uma das possibilidades levantadas pela reportagem é a volta do menino para o abrigo de Corumbá, onde ele estava quando foi adotado e por onde o processo de adoção foi realizado.

Os pais adotivos do menino, Sarah Carvalho Zanoni, 23 anos, e Israel Antunes Zanoni, 29 anos, foram indicados pela Polícia Civil por tentativa de homicídio qualificado. Após a prisão do casal, a Corregedoria de Justiça do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) abriu uma investigação para o caso.

A guarda do menino ainda estava no “estágio de convivência”, etapa que antecede adoção. Ele estava com o casal desde o dia 18 de outubro deste ano. O menino foi internado no dia 8 de dezembro e ao perceber o estado da criança o hospital acionou o Conselho Tutelar.

Em depoimento à Polícia Civil, Sarah e Israel disseram que as agressões eram para “corrigir e disciplinar” o garoto. Eles disseram que as agressões ocorriam com chineladas, palmadas e mordidas.

No dia do fato, o advogado do casal afirma que a criança mordeu o dedo da mãe e isso teria motivado as agressões, e, apesar de ambos confessarem terem batido com chinelo e vara, ele nega que houve espancamento. “São dois jovens que tiveram coragem de adotar uma criança que vem de outra adoção. Eles não queriam causar mal a criança. Nada justifica as agressões, mas é importante esperar o desenrolar dos acontecimentos para fazer qualquer tipo de julgamento”, disse.

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