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28/09/2019 às 12:37, Atualizado em 28/09/2019 às 00:39

Gaeco prendeu 19 e apreendeu R$ 160 mil em dinheiro vivo

Mandados foram cumpridos em operação que investiga grupo de extermínio e milícia armada.

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Foto - reprodução Correio do Estado

Força-tarefa da Polícia Civil e Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga grupo de extermínio e milícia armada, prendeu 19 pessoas, entre elas o empresário e pecuarista Jamil Name, e apreendeu armas de fogo e aproximadamente R$ 160 mil em dinheiro vivo, além de cheques em nome de terceiros.

Conforme o Gaeco, Operação Omertá foi deflagrada com a finalidade de cumprir 13 mandados de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão, tendo como foco desarticular organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, homicídio, corrupção ativa e passiva, dentre outros.

Empresários Jamil Name e Jamil Name Filho foram presos no Bairro Bela Vista, em Campo Grande. O mandado contra eles é de prisão preventiva. Na casa do empresário, foi apreendida uma pistola .9 milímetros de origem não comprovada e, no horas dele, foi encontrada uma espingarda calibre 12.

Também foram cumpridos mandados contra policiais civis, guardas municipais, militar da reserva do Exército Brasileiro, policial federal e advogados. Durante a tarde, chegaram a sede do Garras quatro guardas municipais, conhecidos como Paixoto, Igor, Arantes e Eronaldo, policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, o militar aposentado do Exército Anderson Correia e o policial federal aposentado Everaldo Monteiro de Assis. Outros três funcionários foram encaminhados à delegacia, mas não tiveram os nomes revelados.

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram apreendidos, em poder do investigados, mais armas de fogo, munição, aparelhos celulares, computadores, documentos e o dinheiro e cheques.

Investigações que culminaram na operação tiveram início em abril deste ano, em apoio aos trabalhos de investigação dos assassinatos do sub-tenente reformado da PM Ilson Martins Figueiredo, que trabalhava como chefe de segurança da Assembleia Legislativa; de Orlando da Silva Fernandes, ex-segurança do traficante paraguaio Jorge Rafaat; e homicídio do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, executado em atentado que tinha como alvo o seu pai, o capitão reformado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto Teixeira Xavier. As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras).

Trabalho foi desenvolvido em conjunto entre o Garras e Gaeco e, em 19 de maio de 2019, o guarda municipal Marcelo Rios, apontado como um dos integrantes da organização criminosa, foi preso com um arsenal em residência no Monte Líbano. Na ocasião, foram apreendidos 2 fuzis AK 47, 4 fuzis 556, 11 pistolas 9mm, quatro carabinas 556 calibres .12 e .22 e um revólver 357.

Rios atualmente está preso preventivamente no presídio federal de Mossoró (RN). Outros dois guardas municipais, Robert Kopetski e Rafael Antunes da Silva, e o motorista Flavio Morais da Cunha, também estão presos. Por causa do envolvimento com o grupo de extermínio, Marcelo Rios e Kopetski foram demitidos da Guarda Civil Municipal.

Operação “Omertá”

É um termo da língua napolitana que define um código de honra de organizações mafiosas do sul da Itália. Fundamenta-se num forte sentido de família e em um voto de silêncio que impede cooperar com autoridades policiais ou judiciárias, seja em direta relação pessoal como quando fatos envolvem terceiros.

Fonte - Correio do Estado

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