Publicado em 19/08/2016 às 13:05, Atualizado em 19/08/2016 às 13:37

Estudante que acusou Feliciano é indiciada por calúnia e extorsão

Redação,

A Polícia Civil de São Paulo indiciou a estudante de jornalismo Patrícia Lelis, 22 anos, nesta quinta-feira (18). Ela é investigada por denunciação caluniosa e extorsão, por ter denunciado o assessor do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) de tê-la sequestrado e mantido em cárcere privado.

A acusação de Patrícia se deu por ocasião da denúncia dela própria contra Feliciano, em que o acusou de assediá-la e de tentar estuprá-la.

O titular da 3ª DP (Delegacia de Polícia), Luís Roberto Hellmeister, que cuida do caso, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que pedirá a prisão preventiva da estudante ao fim do inquérito.

Em depoimento no último dia 5, Patrícia acusou Talma Bauer, chefe do gabinete de Feliciano, de ameaçá-la e coagi-la para que não denunciasse o parlamentar. Ela diz que o assessor estava armado e a obrigou a gravar dois vídeos, nos quais ela nega que o deputado tenha a assediado.

De acordo com o depoimento, Feliciano teria ameaçado a jovem de morte. “Tendo Bauer passado o telefone dele para a declarante, através do qual Marco Feliciano disse que, se a declarante não gravasse um novo vídeo de melhor qualidade, mandaria Bauer lhe matar”, diz o documento.

Em nota, o deputado da bancada evangélica afirma que “o indiciamento da estudante reafirma a nossa plena confiança na lisura das instituições públicas e da Justiça de nosso país” e que “boatos são boatos e nunca serão verdades”.