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18/09/2018 às 17:00, Atualizado em 18/09/2018 às 16:15

Estelionatários são presos após fazer oito vítimas e R$ 100 mil em prejuízo

Grupo agiu em Franca (SP), além do Paraná, Santa Catarina e Brasília.

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Grupo foi preso com R$ 350 mil em contratos que ainda seriam fechados - Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado

Com pelo menos oito vítimas e mais de R$ 100 mil em prejuízos, um grupo de estelionatários foi preso na noite de segunda-feira (17) em Campo Grande. Eles agiam com uma empresa falsa de financiamento, consórcio e cartas de crédito para compra de imóveis, veículos e empréstimos.

Conforme a Polícia Civil, contratos de R$ 350 mil em futuras negociações e possíveis vítimas foram encontrados no hotel em que a quadrilha se hospedava. Eles já teriam feito mais de 100 vítimas na cidade de Franca (SP) e agiram também nos estados do Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal. Há suspeita de golpes sendo articulados no município de Dourados também.

De acordo com o delegado Enilton Zalla, que registrou a ocorrência, o grupo criava uma grande encenação. “Eram pessoas extremamente dissimuladas, verdadeiros artistas. Alguns com sinais de desvio de personalidade, que fazem qualquer coisa para enganar as vítimas. Eles tentam enganar até a polícia tentando inventar histórias malucas”, comentou.

Considerado chefe da quadrilha, Clesio de Jesus, de 36 anos, foi preso junto com Pedro Henrique Natali da Silva, 23 anos, Guilherme Natali da Silva, 22 anos, e Juliano César Pasti Marcelo, 23 anos. Identificado como Willian Garcia Guedes de Oliveira seria um quinto componente do grupo que está foragido.

Ainda segundo o delegado, o grupo criava perfis falsos em redes sociais, se passando por instituições financeiras. “Ofereciam condições, principalmente para cartas contempladas, muito atrativas, sem burocracia, entrada pequena, dinheiro rápido na mão. As pessoas eram seduzidas. Algumas chegaram a dar entrada de R$ 7 mil esperando uma carta de R$ 45 mil. As pessoas pagavam e não recebiam o dinheiro. Em média investiam de R$ 7 a R$ 45 mil. Uma das vítimas chegou a dar uma Fiat Strada no negócio”, detalhou Zalla.

O esquema era tão organizado que o grupo chegou a alugar uma sala em um prédio comercial de luxo na avenida Afonso Pena. “Uma vítima estava em um café fechando negócio com o grupo e ligou para um amigo, em Sidrolândia, que também já sabia da negociação. Desconfiado ser um golpe, o colega alertou o amigo e acionou a polícia”.

Com a suspeita de que os estelionatários tenham agido em outras cidades do Estado, a polícia alerta que todas as vítimas do grupo devem procurar a Delegacia Especializada de Repressão Crimes de Defraudações, Falsificações (Dedfaz), que ficará responsável pela investigação. “Mais vítimas do esquema, que reconhecerem os suspeitos ou a empresa inventada, podem procurar a Dedfaz para acrescentar uma denúncia no caso”, concluiu Zalla.

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