Publicado em 08/07/2025 às 06:33, Atualizado em 07/07/2025 às 16:47
Na 51ª edição, Operação Nova Aliança envolve Senad e Polícia Federal, na fronteira com MS
Pelo menos 648 toneladas de maconha foram destruídas na 51ª Operação Nova Aliança, desencadeada há uma semana na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Maior investida contra cultivos de droga no mundo, a ação envolve a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do país vizinho e a Polícia Federal brasileira.
Com apoio de helicópteros, a operação ocorre em áreas de mata e de morros no departamento de Amambay, cujas principais cidades são Pedro Juan Caballero (capital) e Capitán Bado.
O trabalho de campo inclui corte de lavouras da erva em fase de crescimento e destruição dos acampamentos montados no meio da mata, para processar a droga.
Conforme balanço parcial divulgado nesta segunda-feira (7) pela Senad, até agora foram erradicadas 208 hectares de cultivos de maconha nas regiões de Cadete Boquerón e Trabuco. Levando em conta a produção média de três toneladas por hectare, essa área renderia ao menos 624 mil quilos de maconha pronta para o consumo.
Também foram destruídos 69 acampamentos narcos e incineradas 24 toneladas da droga já pronta. Segundo estimativa da agência paraguaia, se chegasse ao mercado consumidor brasileiro, a droga renderia quase 100 milhões de dólares às facções.
Canindeyú – A Senad anunciou que após a primeira etapa, em Amambay, a operação foi deslocada hoje para a Reserva Natural do Bosque Mbaracayú, no departamento de Canindeyú, perto da fronteira com os municípios de Paranhos e Sete Quedas.
Naquela região, o trabalho de erradicação de roças de maconha ocorre em áreas de proteção ambiental que são usadas pelos traficantes para cultivar a erva.