A 6ª fase da operação Luz na infância deflagrada na manhã desta terça-feira (18) prendeu cinco pessoas em flagrante. A delegada da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Marília de Brito, explica que é difícil traçar um perfil para quem comete este tipo de crime. “Existem alguns picos, em algumas idades, algumas profissões, mas pode ser qualquer pessoa”. Um dos presos praticava o crime há cinco anos.
Foram cinco mandados de busca e apreensão cumpridos, nas cidades de Campo Grande, Bonito, Dourados, Nova Andradina e Três Lagoas. Na Capital, foram presos um um bombeiro da reserva de 53 anos no bairro Caiçara, e um dentista de 41 anos na Vila Sobrinho.
Além das apreensões em Campo Grande, um servidor municipal de 60 anos na cidade de Bonito, e um servidor estadual de 58 de Dourados também foram presos em flagrante.
DEEP WEEB
A localização deste material é compartilhado na Deep Web. As buscas e apreensões são feitas por uma equipe da polícia civil com auxílio de técnicos de informática - TI’s - que realizam essa varredura. De acordo com a delegada, não há um perfil para esses criminosos. É difuso e amplo.
Marília reforça que é prudente que não se trace um perfil, para que não haja um foco só naquelas pessoas, e deixem de lado pessoas que ‘são acima de qualquer suspeita’. Nenhum dos criminosos tem passagem pela polícia. Somente o bombeiro tinha 640 gigabytes de material pornográfico infantil, o que vale a aproximadamente 2300 arquivos deste tipo. A quantidade de material encontrado com os outros presos ainda não foi somada.
De acordo com a delegada, o processo de chegar ao mandado de apreensão do criminoso é um longo caminho. Ela complementa que há dificuldade de investigação, fazer avaliações e posteriormente se executar a ação. “O mercado de pedofilia é um mercado bilionário. Ele movimenta muito valor em dinheiro mundialmente, e é isso que nós estamos combatendo”.
Em depoimento, o dentista assumiu que compartilhava e armazenava os materiais há cinco anos. Os presos responderão pelos artigos 241 A e B do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por armazenar ou compartilhar arquivos que contenham cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente.
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