Publicado em 19/06/2022 às 14:07, Atualizado em 19/06/2022 às 13:22

Condenado a 80 anos por mortes, foragido do PR é preso na fronteira

Ele usou nome falso de caso polêmico ligado à mãe no Paraná

Redação,
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Foto - Reprodução Campograndenews

Com pena de 80 anos por assassinatos, Luccas Abagge, 32 anos, foi preso ontem à noite quando saiu do Paraguai e ingressou em Ponta Porã.

O foragido é filho de Beatriz Abagge, conhecida pelo “Caso Evandro”: a morte do menino de 6 anos em Guaratuba (Paraná), no ano de 1992. Ao ser preso, Luccas apresentou CNH (Carteira Nacional de Habilitação) em nome de Evandro Oliveira Ribeiro. Ele estava com a esposa, que disse desconhecer que o marido era foragido e que acreditava que seu nome fosse mesmo Evandro.

Luccas Abagge foi flagrado pela Força Tática do 4ª Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã. Ele conduzia um Celta, com placas de Catalão (Goiás), pela Avenida Tiradentes. Vindo de Pedro Juan Caballero, o veículo estava com os faróis apagados e, segundo a polícia, era “conduzido de forma suspeita”.

Apesar do documento falso, ele foi identificado após averiguação minuciosa. Luccas estava muito nervoso durante a atuação policial e foi preso.

De acordo com a PM de Mato Grosso do Sul, ao todo, as condenações do preso somam mais de 129 anos. O crime de uso de documento falso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã.

Em janeiro de 2019, ele foi condenado a 54 anos por homicídio, pena posteriormente reduzida para 48 anos. Após o crime por disputa por ponto de vendas de drogas em Curitiba, a sua fuga envolveu o roubo de três veículos, numa ação classificada como cinematográfica.

Em julho de 2019, nova condenação: a 32 anos por matar um adolescente em Curitiba (Paraná). Um segundo adolescente ficou ferido.

Em 2016, ele fugiu da Penitenciária Central do Estado, na Região Metropolitana de Curitiba. Conforme o G1 Paraná, os detentos fizeram um buraco na parede da cela e foram até o telhado pela tubulação hidráulica.

Caso Evandro – Beatriz Abagge chegou a ser condenada pela morte do menino Evandro, teve perdão judicial, mas pede a revisão à Justiça. Numa série documental, ela relata ter sofrido tortura para confessar o crime e recebeu pedidos de perdão do Estado do Paraná.

Com informações do Campograndenews