Publicado em 23/10/2020 às 08:02, Atualizado em 22/10/2020 às 23:24

Com fechamento da fronteira, produção em cigarro contrabandeado cai 51%, aponta pesquisa

Fornecimento no varejo também foi afetada.

Redação,
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Divulgação

O Fórum Nacional Contra Pirataria e Ilegalidade divulgou, nesta quinta-feira (22), um balanço comparativo de apreensões de cigarros contrabandeados. Com o fechamento da fronteira do Paraguai com o Brasil, por conta da pandemia de coronavírus, cerca de 51% dos produtos deixaram de ser fabricados.

De acordo com o levantamento, o impacto decorrente do isolamento social atingiu o mercado ilegal, fazendo com que empresas clandestinas suspendessem a produção de cigarro por três meses.

Comparado entre janeiro e agosto de 2019, a produção atingia cerca 57%. Outra condição que abalou o setor do contrabando seria a alta no dólar no segundo trimestre anual. O maço de cigarro ilegal era de R$ 3,44, conforme o Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística).

Por outro lado, com os 7 meses de fronteiras parcialmente fechadas, o setor registrou aumento expressivo de apreensões. Neste período, o volume apreendido aumentou cerca de 80%. Foram 969 milhões de cigarros receptados.

“Por ser um fenômeno econômico criminoso, ao lado da repressão à oferta do cigarro do crime é importante avaliar as medidas que diminuam a demanda, tornando o produto menos atrativo para o fumante, atacando o mercado ilegal de cigarros nas duas frentes”, disse Edson Vismona, presidente do fórum.

A maior parte dos cigarros ilícitos são vendidos em bares, mercearias e padarias do pais, porém, de acordo com o levantamento, a disponibilidade de oferta do produto também foi afetada. A quantidade de cigarros ilegais apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal de janeiro a julho deste ano aumentou 140% em relação ao mesmo período do ano passado. Desde 2015 o Brasil não vê o contrabando diminuir.