Publicado em 14/09/2025 às 13:33, Atualizado em 14/09/2025 às 12:24
Mãe/madrasta sabia do crime e coagia as vítimas a não denunciarem o caso
Um homem de 46 anos e uma mulher de 39 foram presos no sábado (13), em Nova Alvorada do Sul, por estupro de vulnerável contra as próprias filhas e de outras vítimas, 10 anos após os crimes. A prisão foi realizada pela Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Itaporã.
Conforme as investigações, os abusos tiveram início em 2014, quando a família residia em Ponta Porã. Naquele ano, uma das filhas do investigado, então com 9 anos, foi diagnosticada com sífilis, doença sexualmente transmissível, mesma doença confirmada no pai e na madrasta.
Na época, a criança foi ouvida e afirmou que ela, e a irmã, então com 12 anos, foram abusadas por um vizinho desconhecido. O caso foi arquivado por falta de provas de autoria.
Dez anos depois, em julho deste ano, uma denúncia anônima registrada no Disque 180 levantou suspeitas sobre o caso, e apontou o próprio pai como autor dos abusos e relatando que ele também teria feito outras vítimas.
As filhas, hoje com 20 e 23 anos, foram contatadas pela Polícia Civil. Uma delas decidiu comparecer à Delegacia e confirmou que os abusos foram praticados pelo próprio genitor ao longo de vários anos, desde a infância, e que, por medo e coação, foi obrigada a sustentar a versão falsa de que o agressor era um vizinho desconhecido.
A segunda filha foi ouvida por videoconferência e confirmou os abusos, relatando que eles começaram por volta dos 7 anos e se repetiram até aproximadamente os 11 anos de idade. A vítima demonstrou forte abalo emocional ao descrever o sofrimento vivido.
As investigações apontam ainda que outras meninas também foram vítimas, entre elas enteadas do suspeito e a própria filha da atual companheira, que tinha conhecimento dos crimes. De acordo com os relatos, a mulher não só encobria os abusos como também coagia as vítimas a permanecerem em silêncio.
O homem é suspeito de cometer o mesmo crime em outras cidades de Mato Grosso do Sul como Campo Grande e Nova Alvorada do Sul. O casal teve a prisão temporária decretada e a Polícia Civil segue com as investigações para identificar todas as vítimas.
Fonte - Polícia Civil do MS