Buscar

18/09/2019 às 11:30, Atualizado em 18/09/2019 às 11:03

Bebê morto após ser espancado também foi violentado sexualmente

O padrasto de 25 anos também prestou depoimento.

Além de ser espancado até a morte, Pedro Henrique Oscar de apenas 1 ano e 7 meses de idade, que morreu nesta segunda-feira, dia 16 de setembro, tinha lesões de quatro centímetros no ânus, que indicam abuso sexual, conforme as informações da Polícia Civil. A mãe e o padrasto da criança foram presos acusados pelo espancamento do bebê. Segundo o site Midiamax, o crime aconteceu na cidade de Mundo Novo, na região Sul do Estado.

“Há lesão de quatro centímetros que foi causada pela inserção de alguma coisa no ânus da criança, mas ainda não podemos afirmar qual foi o tipo de abuso”, afirmou a delegada que está à frente das investigações, Allana Zarelli. O laudo de sexologia forense já foi enviado para Campo Grande.

A delegada informou que o pai biológico da criança ainda não foi ouvido porque está em estado de choque. Já a mãe de 23 anos de idade, prestou depoimento na delegacia de polícia. “A mãe se mostra muito fria e se contradiz. Ela não entrou em detalhes, mas relata que a criança não chorava e não tinha conhecimento que o filho estava sofrendo maus-tratos”, disse Allana.

Ainda, de acordo com a polícia, a mãe não sabe informar como ocorreram as lesões na vítima e questionada se outra pessoa cuidava da criança, ela afirma que o bebê ficava sob os cuidados dela e do padrasto. “Ela não sabe explicar o ferimento na perna com fratura em dois lugares, nem o ferimento no ânus. Ela não sabe explicar porque ela demorou tanto para procurar ajuda no hospital”, destacou a delegada.

O padrasto de 25 anos também prestou depoimento. “Ele nega toda e qualquer autoria. Não sabe quem fez, como fez e porque a criança chegou a esse ponto”, disse Allana. Ele também foi questionado se outras pessoas tinham contato com o bebê e assim como a mãe, afirmou que não.

O casal vivia junto há cerca de oito meses e no momento do fato, nesta segunda-feira, a mãe não estava em casa. “Ela saiu para comprar gelo em um mercado e ao retornar, viu o padrasto já dentro do carro com a criança no colo desfalecida, informando que o menino estava passando mal”, contou a delegada. Quando o casal chegou no hospital, o padrasto passou a dizer que todos iriam culpá-lo pelo crime.

Mudança de comportamento

Vizinhos e familiares contaram que há cerca de um mês e meio a criança mudou bastante. Constantemente triste e com febre, mas a mãe atribuía esses sintomas a gripe ou ao nascimento dos dentes. “Ela também impediu a criança de ver o pai biológico porque estava com a perna quebrada”. Pedro não frequentava a creche, sendo que só ficava em casa com a mãe e o padrasto.

A Polícia Civil constatou que há lesões causadas por espancamento e o bebê apresentava hemorragia interna. No entanto, mesmo dizendo que outras pessoas não tinham contato com a criança, mãe e padrasto negam o crime. “Os tipos de lesões não poderiam ser causados por outra criança. Eram os dois apenas que tinham contato com o bebê”, enfatizou Allana.

“Um caso muito chocante que pegou todo mundo despreparado, todos estão em choque pela frieza dos dois”, finalizou Allana. A polícia prossegue com as investigações.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.