Publicado em 15/12/2017 às 19:01, Atualizado em 15/12/2017 às 15:00

Após prisões, MPE abre mais um inquérito para apurar licitação do Detran/MS

O objeto do certame era a contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de implantação, manutenção e operacionalização de sistema computacional.

Redação,
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Três meses após as prisões temporárias de membros da diretoria do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito), inclusive do ex-presidente da instituição, Gerson Claro, o MPE (Ministério Público Estadual) abriu, nesta sexta-feira (15), mais um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades em processo licitatório.

Desta vez, será investigado o Processo nº 31/700.719/2017, Pregão Eletrônico nº 001/2017, que segundo o promotor Adriano Lobo Viana de Resende, da 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, “apresenta irregularidades que atentam contra os princípios da administração pública”.

De acordo com o portal da transparência, a licitação foi aberta em 29 de maio deste ano, ainda durante a gestão de Gerson Claro, que renunciou após a deflagração da Operação Antivírus, que detectou fraudes envolvendo servidores do governo e do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado) para beneficiar as empresas Digithobrasil Soluções em Software Ltda e Pirâmide Central Informática Ltda.

O objeto do certame era a contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de implantação, manutenção e operacionalização de sistema computacional integrado ao sistema do Detran/MS, para “guarda e recuperação de contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, arrendamento mercantil, reserva de domínio ou penhor, com serviços de conferência de contratos, provendo interoperabilidade e operação segura”.

O processo do novo inquérito civil foi colocado em sigilo pelo promotor Adriano Lobo, então não é possível ter mais detalhes sobre as denúncias. No entanto, a antiga diretoria já é suspeita de participar de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato e lavagem de dinheiro desde 2015.