Publicado em 13/11/2020 às 08:01, Atualizado em 13/11/2020 às 10:33

Após pedir vaga em presídio, Polícia Federal libera "Tio Trutis"

A apuração feita é de que o parlamentar foi liberado pela PF e não chegou a passar pelo exame de corpo de delito, praxe entre pessoas presas, como estava previsto anteriormente.

Redação,

O deputado federal Loester Carlos (PSL), o “Tio Trutis”, preso em flagrante na manhã desta quinta-feira, dia 12 de novembro, pela PF (Polícia Federal), foi solto quando já estava até com vaga reservada para transferência ao Presídio Militar, na saída para Três Lagoas em Campo Grande. A apuração feita é de que o parlamentar foi liberado pela PF e não chegou a passar pelo exame de corpo de delito, praxe entre pessoas presas, como estava previsto anteriormente.

Não foi levantado o horário exato da soltura. “Trutis” foi preso antes das 7 horas. Ficou na PF pelo menos até as 15h30, quando uma caminhonete branca deixou o lugar e, segundo as informações obtidas, o levaria para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), para o exame.

A reportagem do site Campo Grande News confirmou que havia sido reservada vaga no Presídio Militar a pedido da PF, sob alegação de não haver estrutura para ficar com o preso na carceragem da Superintendência na Vila Sobrinho.

Estava tudo certo para Loester Carlos ficar em cela separada na unidade onde policiais militares envolvidos em crimes cumprem pena definitiva ou provisória. Também existe uma ala só para advogados no estabelecimento. “Trutis” iria para o lugar em razão do cargo ocupado, informação confirmada pela Auditoria Militar, que cuida da execução penal no Presídio Militar.

Por volta das 20 horas, porém, o site obteve a informação de que ele estava em liberdade e vai responder dessa forma pelo flagrante.

A PF não divulgou detalhes da prisão nem esclareceu o motivo da liberação do parlamentar. O que foi havia sido levantado com fontes da reportagem é que “Trutis”, ao ser alvo de busca e apreensão, foi encontrado com arma de uso restrito, configurando crime inafiançável e por isso a prisão em flagrante. A arma seria uma pistola Glock 9 mm.

Nem o gabinete do deputado, nem assessores de imprensa, tampouco os advogados dele se manifestaram sobre a prisão e a investigação policial.