Publicado em 30/12/2025 às 12:01, Atualizado em 30/12/2025 às 09:05

Advogado diz ter se confundido ao usar cartão após encontrar carteira em shopping

Homem foi preso em flagrante por gastar R$ 86 e afirma que tentava identificar o dono para devolver o objeto

Redação,

Um advogado de 63 anos foi preso em flagrante após utilizar um cartão bancário encontrado dentro de uma carteira esquecida em um shopping de Campo Grande. O caso ocorreu na última sexta-feira (26) e, segundo a versão apresentada pelo próprio advogado, o uso do cartão teria ocorrido por engano.

Conforme informações divulgadas pelo Campo Grande News, o advogado prestou depoimento ao delegado Leonardo Antunes Ballerini Fernandes e relatou que estava em uma loja de roupas por volta das 11h55, onde realizou uma compra com seu cartão de crédito. Logo após o pagamento, ele teria encontrado uma carteira esquecida no caixa de autoatendimento e decidido guardá-la no bolso.

Ainda segundo o relato, após sair da loja, o homem foi até uma farmácia, onde comprou medicamentos para a mãe e pagou normalmente com o próprio cartão. Em seguida, dirigiu-se à praça de alimentação do shopping e passou a verificar o conteúdo da carteira encontrada, afirmando que pretendia localizar o dono para devolvê-la.

O advogado disse que os cartões encontrados estavam bastante danificados, o que dificultava a identificação do proprietário. Ele afirmou que acabou misturando um dos cartões da carteira com o seu, que estava guardado no bolso da camisa.

Já no restaurante, o advogado realizou uma compra no valor de R$ 86, acreditando que estivesse utilizando o próprio cartão. Ao perceber o erro, segundo sua versão, deixou a carteira sobre o balcão do estabelecimento, embaixo de alguns papéis, e seguiu para um mercado dentro do shopping.

No local, ele acabou sendo abordado por seguranças enquanto estava no caixa. A namorada do dono da carteira acompanhava a abordagem. O advogado contou que explicou a situação e se dispôs a ressarcir o valor gasto, mas o proprietário não aceitou a devolução, informando que já havia acionado a Polícia Militar.

Todos foram encaminhados à Depac Cepol, onde o advogado foi autuado em flagrante por furto qualificado. Após audiência de custódia, o juiz Marcus Abreu Magalhães concedeu liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de R$ 1.518.

Além da fiança, o advogado está proibido de se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização judicial. O caso segue em tramitação na Justiça.