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28/08/2016 às 11:00, Atualizado em 28/08/2016 às 10:56

Venezuela deporta deputados do Equador que foram visitar opositores

A Venezuela deportou dois deputados do Equador que foram ao país se encontrar com opositores do chavismo. Eles retornaram ao Equador no sábado (27).

O incidente envolveu os deputados de oposição Cynthia Viteri, pré-candidata presidencial nas eleições de 2017, e Henry Cucalón.

Segundo Cynthia Viteri, homens do serviço de inteligência da Venezuela interceptaram o grupo equatoriano enquanto eles aguardavam em frente à prisão militar de Ramo Verde por Lilian Tintori, mulher do opositor Leopoldo López, que cumpre pena de quase 14 anos no local por acusação de incitação à violência durante protestos contra o governo Nicolás Maduro em 2014 que deixaram 43 mortos.

Cynthia relatou que o grupo teve os passaportes apreendidos e foi informado de que estava sendo expulso do país.

Os políticos equatorianos chegaram na madrugada de sábado (27) a seu país. "O que vivemos na Venezuela foi terror. Já estamos no Equador", expressou Cynthia no Twitter.

"Graças a Deus estou junto à minha família. Em breve, poderão dizer o mesmo os 129 presos políticos da Venezuela".

A Assembleia Nacional do Equador assinalou que Cynthia havia solicitado licença para se ausentar do Parlamento até 2 de setembro, porque a viagem à Venezuela "não se tratou de visita oficial, uma vez que não foi realizada no exercício de suas funções parlamentares, nem como delegada do Legislativo".

Assinalou que Cucalón, embora não estivesse de licença, "tampouco cumpria funções próprias do Legislativo".

Cynthia Viteri, que pretendia visitar Leopoldo López, chegou à Venezuela na última quinta-feira e se reuniu com membros do Legislativo e líderes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) antes de ser deportada.

Caracas acusa a oposição de buscar o apoio da direita internacional para tentar derrubar Maduro, que enfrenta uma ofensiva de adversários para a convocação de um referendo revogatório de seu mandato.

O governo do Equador informou que "solicitou informações adicionais ao governo venezuelano, a fim de esclarecer o fato e tomar as medidas cabíveis".

Fonte - Folhapress

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