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15/03/2017 às 13:00, Atualizado em 15/03/2017 às 11:24

Cartel da Colômbia tenta se estabelecer no Brasil

Segundo o chefe da polícia colombiana, traficante do grupo - que está preso no Brasil - tinha entre suas intenções expandir a rede do tráfico.

Um violento cartel da Colômbia está tentando estabelecer operações dentro do Brasil, revela uma reportagem do Jornal da Band.

Em entrevista exclusiva à reportagem com colaboração da TV Caracol, o chefe da Polícia Nacional da Colômbia, General Jorge Luis Vargas Valencia, diz acreditar que um dos traficantes do grupo recebeu ordem do cartel para fazer negócios com criminosos brasileiros.

“A organização decidiu que ele iria para o Brasil com dois propósitos. Um: fugir. Dois: planejar, de alguma maneira, rotas do tráfico de cocaína, principalmente a rota que sai do Brasil para a Europa”.

O traficante citado por Vargas Valencia é Eduard Fernando Giraldo Cardoza, o Boliqueso, preso desde o ano passado por causa de uma ordem de captura; ele foi detido depois a Polícia Federal monitorou a chegada da namorada dele em Ribeirão Preto, São Paulo.

Boliqueso é integrante do maior e mais violento cartel de drogas da Colômbia: o Clã Úsuga, também conhecido como Clã do Golfo. Um grupo que vem provocando medo na população do país vizinho.

Burocracia na extradição

No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Boliqueso. O Jornal da Band obteve cópia do processo de extradição do traficante para a Colômbia, que depende de um acordo entre os dois governos para decidir se ele termina de cumprir a pena por apresentar documento falso aqui ou se já pode ser levado para o país vizinho.

Na Colômbia, ele também é acusado do sequestro, tortura e morte de um agente penitenciário na cidade de Cali.

A polícia colombiana tem provas de que Boliqueso comandava um grupo regional do Clã Úsuga chamado "o patrão do mal", responsável por tráfico e centenas de assassinatos. “Ele era das novas gerações de traficantes na colômbia. Poder evitar rapidamente que esses delinquentes cresçam de tamanho no crime para a colômbia é uma notícia importante”, acrescenta o chefe da polícia da Colômbia.

O traficante também tem um pedido de extradição feito pelos Estados Unidos, onde é processado por traficar grandes carregamentos de cocaína para Nova York e Miami. Boliqueso ainda era o contato com narcotraficantes do violento cartel de Sinaloa, no México.

O governo norte-americano oferece ainda recompensa de US$ 5 milhões por informações que levem à prisão do chefe do Clã Úsuga, o ex-guerrilheiro Dairo Antonio Úsuga, conhecido como Otoniel; ele está na lista dos 10 traficantes mais procurados do mundo.

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