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05/03/2021 às 12:44, Atualizado em 05/03/2021 às 12:36

Após explosivos, ministra ordena o fechamento de prisão na fronteira

Decisão foi tomada após a polícia ter encontrado explosivos no muro da penitenciária de Pedro Juan

A Penitenciária Regional Pedro Juan Caballero será fechada por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (4) pela ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, após a descoberta de plano de fuga em massa orquestrado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

A situação ficou mais após a polícia ter encontrado uma bomba que seria utilizada na explosão do muro do presídio. O dispositivo, segundo a ministra seria ativado pelo detento Julio César Morínigo, vulgo Anguja.

Conforme a ministra da Justiça, em entrevista ao ABC Color, Morínigo cortou as grades da janela de sua cela e, com lençóis amarrados, montou uma espécie de corda para chegar ao pátio.

Segundo Pérez, Anguja, ele divide a cela com outros seis paraguaios, no pavilhão “Alta A”, onde estão 100 pessoas, em sua maioria militares e apoiadores do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ainda de acordo com a ministra Cecilia Pérez, o fechamento da penitenciária de Pedro Juan é necessário porque já está como lotação acima do permitido, uma vez que abriga 1.088 pessoas, quando sua capacidade real é de apenas 700 pessoas.

“Ordenamos o fechamento indefinido da prisão. Não vamos receber mais presos e vamos transferir presos com esse tipo de perfil criminoso ”, anunciou Pérez.

Histórico de fugas

A ministra da Justiça considerou que a localização do presídio de Pedro Juan é não é das melhores, devido aos poucos obstáculos para chegar ao Brasil que ficam naquela fronteira em caso de fuga, como a que aconteceu na madrugada de 19 de janeiro de 2020.

Naquele dia 76 pessoas conseguiram escapar por um túnel que começava no pavilhão “Baja B”, do Primeiro Comando da Capital (PCC) e tinha vista para uma propriedade localizada nas proximidades.

Até o momento, somente 24 fugitivos foram recapturados, tanto em território paraguaio quanto brasileiro e segundo levantamento do Ministério da Justiça, ainda existem outros 51 presos, todos considerados de alta periculosidade e com numerosos antecedentes criminais, que cumprem pena no local.

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