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17/08/2019 às 16:30, Atualizado em 17/08/2019 às 16:14

Verbas prometidas para MS vão financiar reestruturação do DOF

Estado estima que serão destinados R$ 89 milhões, oriundos do Fundo de Segurança Pública.

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Divulgação

O governador em exercício, Murilo Zauith, afirmou nesta sexta-feira, em Campo Grande, que os recursos que o governo federal prometeu liberar para Mato Grosso do Sul serão utilizados na reestruturação do Departamento de Operações de Fronteira (DOF).

Segundo ele, o Estado deve receber o segundo maior porcentual de repasse do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), na faixa de 5,24%, atrás somente de São Paulo, que receberá 6,66%. Dentro de uma previsão anual para o Fundo de R$ 1,7 bilhão, MS deve ser destinatário de aproximadamente R$ 89 milhões.

Murilo Zauith voltou a destacar, durante o seu encontro com o ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, na quarta-feira, em Brasília, que a destinação de uma cota maior de verbas para o Estado está relacionada ao reconhecimento do papel que a região desempenha para a segurança pública do País na área de fronteira –principal porta de entrada de drogas, armas e contrabando.

O dinheiro federal deverá atender o DOF com aquisição de armas, viaturas, serviço de inteligência e outros mecanismos de reestruturação da unidade. Em nível estadual, a unidade é responsável pela apreensão de grandes volumes de entorpecentes na região de fronteira.

Conforme o governador em exercício, o Departamento de Operações de Fronteira desempenha função relevante de policiamento nas regiões fronteiriças com o Paraguai e a Bolívia. O DOF chegou a ser citado pelo presidente Jair Bolsonaro como referência nacional de polícia especializada na atuação de combate aos crimes transfronteiriços, o que refletiu nas visitas de agentes de segurança pública de vários estados brasileiros para conhecer a realidade das operações policiais na área de fronteira.

Atualmente, o departamento atua em 51 municípios do Estado, com a presença mais efetiva nos 730,8 quilômetros de fronteira seca, dos mais de 1.500 quilômetros de fronteira com o Paraguai e a Bolívia abrangendo, inclusive, uma extensa área rural.

Durante seu encontro com Moro, Murilo Zauith falou das particularidades de Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com dois países e abriga mais de sete mil presos por crimes federais, bem como defendeu um trabalho conjunto para garantir a segurança da população e o combate ao tráfico de drogas e armas. Ainda conforme o governador em exercício, será possível a realização de um trabalho conjunto entre os governos federal e estadual.

O governo estadual sempre defendeu a necessidade de maior envolvimento federal, principalmente financeiro, nas ações de segurança pública em Mato Grosso do Sul. Hoje, o Estado tem convênio com o Ministério da Justiça e tem assumido parte das atribuições da Polícia Federal, quando não se trata de tráfico internacional.

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