Publicado em 04/04/2017 às 13:29, Atualizado em 04/04/2017 às 13:31

Valor da energia cai 1,92% dia 08, mas kW ficará mais caro a partir de junho

Aos consumidores de alta tensão, a queda será de 2,68% e aos de baixa, 1,58%.

Redação,

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou há pouco a redução de 1,92% no valor médio da energia elétrica da Energisa MS, que atende 993 mil consumidores em 74 municípios de Mato Grosso do Sul. Aos consumidores de alta tensão, a queda será de 2,68% e aos de baixa, 1,58%.

A redução vale para o ciclo 2017-18, com vigência a partir de 08 de abril. Porém, a presidente do Concen (Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS), que na entidade representa a Fecomércio-MS, Rosimeire Cecília da Costa, lembra que a partir de junho os consumidores recebem o repasse de valores relacionados à indenização de transmissoras que vai causar impacto positivo (aumento) de 3,68% no preço do kW.

Rosimeire lembra que a percepção do consumidor em relação ao reajuste deve levar em conta ainda a incidência dos encargos, ICMS, COSIP, PIS e Cofins.

Isso sem contar que a vigência da bandeira vermelha – sinalizadora de que a energia em uso é mais cara, produzida por termelétricas – no momento torna a energia R$ 3,00 mais cara a cada 100 quilowatts-hora (kwh) consumidos. No patamar 2, a bandeira vermelha implica em R$ 3,50 a mais por 100 kwh.

Durante a reunião, Rosimeire usou a palavra para cobrar simetria de informações de forma que possibilite a participação efetiva do consumidor. “É muito ruim este processo. Teve início em 2016 e as planilhas foram enviadas ao Concen na quinta-feira da semana passada. Passamos ao nosso consultor que manifestou total da falta de possibilidade de contrapor qualquer informação lançada ali”.

Rosimeire destacou a importância de garantir ferramentas para que o consumidor possa entender o processo e também tenha de posse em tempo hábil as informações que o compõe, evitando a repetição erros crassos, como a cobrança indevida das projeções de custos de encargos operacionais de angra III e repasse superfaturado de recursos da conta de consumo de combustíveis CCE, que agora corrigidos fizeram com que as tarifas caíssem. Ela lembra que a situação é recorrente, citando como exemplo o erro na base de remuneração da então Enersul.

“Em nome de todos consumidores reafirmamos confiança na Aneel e que os números sejam confiáveis, visto um contingente de consumidores custeando serviço com extrema dificuldade num cenário de 12,4 milhões de desempregados no País e que se deparam com erros que devem ser fiscalizados e evitados”.

Fonte: Fernanda Mathias