Apesar das muitas incertezas que ainda rondam a morte de 71 pessoas em Medellín, na Colômbia, após a queda do avião que transportava o time da Chapecoense para o país, as investigações agora têm um outro país de enfoque: a Venezuela.
As investigações apontam que o ex-senador venezuelano Ricardo Albacete Vidal, e seu filho, Loredana Albacete di Bartolomé, seriam os verdadeiros donos da LaMia, a empresa responsável pelo voo da Chape.
Ambos vivem atualmente na Espanha. A suspeita do Ministério Público Boliviano é que a família Albacete tenha comandado à distância a LaMia na Bolívia, de onde partiu o voo da Chape, por meio de “testas-de-ferro” no lado boliviano.
Áudios publicados na íntegra pelo jornal boliviano “El Deber” mostram conversas entre dirigentes da LaMia, como o diretor-geral Gustavo Vargas Gamboa e a administradora Miriam Flores, em que os dois falam sobre os Albacete.
Em uma conversa interceptada pelo Ministério Público da Bolívia logo após o acidente com o clube brasileiro, Miriam diz a outra funcionária da LaMia que “Deus queira que Loredana nos ajude”, em referência a Lordena Albacete.
Já Gustavo Gamboa foi o único preso desde o início das investigações sobre o acidente. Ele afirma que a família Albacete apenas aluga os aviões utilizados pela LaMia para a empresa e que já ajudou a companhia com empréstimos de dinheiro, mas nega que o grupo participe dos negócios.
A Chapecoense
O Ministério Público contestam a ausência de influência dos Albacete. No contrato entregue pela Chapecoense pelo fretamento da aeronave, a Lamia aparece como dona do avião.
Mas quem aparece como dona da conta onde os 130 mil dólares pelo frete foram depositados é a empresa Kite Air Corporation Limited, de Hong Kong. A empresa pertence a Loredana Albacete.
A Chapecoense foi isentada de qualquer culpa no acidente pelo MPF (Ministério Público Federal) ainda em outubro deste ano. A LaMia teria influência em voos de clubes brasileiros e sul-americanos na América do Sul.
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