Publicado em 15/11/2021 às 07:42, Atualizado em 14/11/2021 às 14:44

TJMS recebe missão técnica para garantir documentação a pessoas presas

A ação tem como objetivo ampliar o acesso às políticas de cidadania a quem teve contato com o cárcere

Redação,

Um equipe de representantes técnicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu início, nesta última semana, à preparação para a implementação da Ação Nacional de Identificação e Documentação Civil de Pessoas Presas em Mato Grosso do Sul.

A Ação Nacional de Identificação e Documentação Civil de Pessoas Presas é uma ação inédita na América Latina. Articulada com mais de 150 parceiros locais e nacionais, tem como objetivo ampliar o acesso às políticas de cidadania a quem teve contato com o cárcere, por meio da emissão de documentos. Em 2017, dados do Executivo Federal coletados em 14 unidades da federação indicavam que oito entre dez pessoas privadas de liberdade não tinham documento em seus prontuários, situação que é constantemente citada pelos egressos do sistema prisional como entrave para a retomada da vida em sociedade.

“Há poucos dias nós tivemos a inspeção ordinária do Conselho Nacional de Justiça com ótimo êxito, o que aprimora em muito a nossa democracia, pois temos que, efetivamente, prestar contas das nossas atividades. Espero que o mesmo ocorra com a visita dessa equipe técnica”, disse o corregedor-geral de Justiça do TJMS, desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, ao abrir a reunião. O corregedor também enfatizou a necessidade de expandir esses mesmos benefícios às vítimas diretas ou indiretas dos delitos que, não raro, se veem marginalizadas.

O coordenador das Varas de Execução Penal de MS (Covep), juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, ressaltou a importância dos trabalhos desenvolvidos que representam ganhos para o TJMS, o CNJ e a sociedade como um todo. “Enxergamos esse trabalho como sendo uma efetiva política pública implementada pelo Poder Judiciário em favor da sociedade civil.”

Por sua vez, a coordenadora do Núcleo de Identificação e Documentação Civil do CNJ/PNUD, Ana Teresa Iamarino, além de apresentar o fluxo de identificação e de documentação da ação desenvolvida, fez o levantamento das principais pendências e demandas do estado, a fim de garantir o sucesso da missão.