Publicado em 26/04/2017 às 07:02, Atualizado em 25/04/2017 às 22:39

Sindicatos realizam grande ato público contra as reformas do governo nesta sexta

Sob o comando do Simted, escolas estaduais de Nova Andradina vão paralisar as atividades nesta sexta, dia 28 de abril.

Redação,
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Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Simted Nova Andradina realizará um grande ato público nas ruas de Nova Andradina contra as reformas da previdência e trabalhista. A concentração está marcada para as 8h30, desta sexta-feira (28), em frente a Prefeitura Municipal.

"Vamos parar o Brasil" é o tema da mobilização, que ocorrerá às vésperas do 1º de Maio e pretende influenciar nas propostas em discussão no Congresso, algumas com votação prevista para o início do mês de maio.

Sindicatos de outras categorias profissionais também já manifestaram apoio à manifestação e estarão presentes neste ato, entre eles, representantes dos sindicatos dos trabalhadores docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (SINTAUEMS), na indústria da alimentação, comércio, transportadores rodoviários (Sindicon), indústria e fabricantes de açúcar e álcool (Stiana), servidores públicos municipais de Batayporã (Sinsemb) e Nova Andradina (Simspna), Correios, Telégrafos e Similares de MS, entre outros.

Segundo o presidente do Simted, a paralisação nacional funcionará como alerta ao governo" de que a sociedade e os trabalhadores não aceitam as propostas de reforma que o governo pretende impor ao país. “Trata-se de "desmonte" da Previdência e de retirada de direitos garantidos pela CLT. Não vamos aceitar a perda de direitos, vamos lutar até o fim”, declarou Edson Granato.

Sobre as reformas da previdência e trabalhista

Reformas Trabalhistas e da Previdência estão no centro da disputa nesta semana

Em meio à divulgação das delações da Odebrecht, que colocam contra parede o próprio Michel Temer e oito de seus ministros, o governo aposta na reforma trabalhista e na reforma da Previdência como tábuas de salvação. Com o País imerso nos escândalos de corrupção, o Planalto escora sua legitimidade nas reformas, defendidas de forma veemente pela imprensa e pelos agentes econômicos, que o sustentam no poder.

Neste cenário, a semana que se inicia será decisiva para o governo. Nesta terça-feira 25, começa a fase final dos debates das reformas trabalhista e previdenciária nas comissões especiais criadas para analisar o mérito das duas propostas. Ficou acertado entre a oposição e aliados do governo que os debates em torno do relatório serão realizados de terça-feira 25 a quinta-feira 27, para que a votação do texto na comissão se inicie no dia 2 de maio.

Em fase mais adiantada de apreciação está a reforma trabalhista, que teve o regime de urgência aprovado graças a uma manobra feita por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. O texto deverá ser votado na quarta-feira 26 em plenário. Segundo o substitutivo inicial de Marinho para o PL 6787, os acordos entre patrões e empregados poderão prevalecer sobre a lei como regra geral.