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23/12/2022 às 12:00, Atualizado em 23/12/2022 às 09:49

Servidores de presídio são investigados após presos receberem marmitas de picanha

Caso foi denunciado para a Polícia Civil e também é apurado pela Agepen

Nesta semana, denúncia de prevaricação chegou até a Polícia Civil, após dois internos do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) receberem marmitas de picanha. A entrada irregular do alimento teria acontecido no sábado (17), por meio de uma servidora.

Conforme apurado pelo Midiamax, no horário de almoço um entregador passou pelo compartimento da portaria duas marmitas de isopor. Uma com cupim e picanha e outra com coração e picanha.

Ainda segundo a denúncia, as marmitas tinham aproximadamente dois quilos. Assim, o entregador disse que a entrega estava em nome de uma técnica de enfermagem, que não estava de plantão naquele dia.

 No entanto, outra técnica teria recebido as marmitas, dizendo que seriam para ela. Os outros servidores teriam suspeitado, inclusive pela quantidade de carne. Mesmo assim, a funcionária teria dito que o almoço era para ela.

Então, a técnica teria ido até o chefe de equipe daquele plantão com as marmitas, depois deixou o alimento em um balcão no refeitório, mas comeu a refeição servida no presídio – o que ainda poderia ser confirmado pelas câmeras de segurança.

Após os fatos, a enfermeira teria deixado as marmitas no setor de saúde do presídio e foi embora. Na verificação dos fatos, os servidores perceberam um dos presos com as marmitas.

 Esse detento, que cumpre pena por estupro, confessou que a enfermeira pegou a refeição para ele e outro preso almoçarem. O acordo teria sido feito desde que eles não levassem a carne para o pavilhão.

Então o outro detento também foi encontrado e contou a mesma história aos policiais penais. Houve ainda uma reunião com o chefe de equipe, que teria revelado um relacionamento com a enfermeira.

Além disso, teria dito que ela comunicou sobre as marmitas, que seriam para os presos e que eles teriam dado dinheiro para que a picanha fosse comprada. Ele alegou que a servidora foi orientada a não fazer aquilo.

 Apesar disso, foi solicitado aos agentes que não fizessem comunicado sobre o fato. Porém, foi confeccionado um comunicado por escrito, momento em que o chefe do plantão teria ameaçado os agentes.

Toda denúncia foi protocolada e encaminhada aos responsáveis. Conforme a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o caso é apurado e foram instaurados procedimentos administrativos.

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