Publicado em 13/03/2020 às 11:00, Atualizado em 13/03/2020 às 10:29

Sem a placa Mercosul, três mil veículos podem ser apreendidos em MS

Mato Grosso do Sul ganhou a sétima estampadora, a Embrasplak, que efetivamente só começou a fabricar as identificações veiculares em março.

Redação,

Três mil veículos que deveriam estar com a nova placa padrão Mersosul estão irregulares em Mato Grosso do Sul. Desde a obrigatoriedade em fevereiro, já foram emitidas 21 mil placas no novo padrão. Caso sejam fiscalizados em blitz, por exemplo, os veículos que estão irregulares podem ser apreendidos. A punição também prevê pagamento de R$ 130 em multa e quatro pontos na Carteira Nacional de Motorista (CNH) do proprietário.

A medida foi confirmada pelo novo diretor-presidente do Departamento de Trânsito do Estado (Detran-MS), Rudel Trindade, durante coletiva de imprensa realizada esta manhã. Os veículos sem as placas tiveram transferência de posse ou danos na identificação anterior (placa cinza). Os proprietários fizeram o trâmite burocrático, pagaram a vistoria obrigatória e receberam a emissão do novo documento, e com a autorização de emplacamento padrão Mercosul - inclusive com o número - não procuraram as estampadoras para efetivar o emplacamento. “O problema mais preocupante é a grande quantidade de pessoas, não de carro novo, mas dos demais casos de proprietários que deixam de colocar a placa Mercosul”, disse Rudel, que foi nomeado na segunda-feira (9).

Segundo o jornal Correio do Estado, a remoção só é evitada, caso o proprietário com o documento permitindo o emplacamento esteja com ele e uma empresa se disponibilize em fazer a instalação no local onde o veículo estiver parado. Caso o veículo seja apreendido o proprietário terá que arcar com todos os custos gerados, inclusive a estadia no pátio do Detran.

PREÇOS

Sobre os preços das placas, Trindade pediu “trégua”. “Eu assumi só há quatro dias. Estou ciente das reclamações em relação ao preço, a respeito dos valores não vou fugir da questão. Vou trabalhar e ver o que posso fazer para ajudar a baixar o preço. Peço trégua, não tive tempo de ir no Procon e me inteirar sobre o assunto. Verei o que pode ser feito”.

Mato Grosso do Sul ganhou a sétima estampadora, a Embrasplak, que efetivamente só começou a fabricar as identificações veiculares em março. O poder público analisa pedido de pelo menos outras seis empresas interessadas em entrar nesse negócio. Espera-se que quanto maior a concorrência, menor seja o preço cobrado dos consumidores.

Inicialmente o valor cobrado pela unidade da placa Mercosul oscilava entre R$ 143 e R$ 150. Como veículos com mais de duas rodas usam duas, os consumidores estavam pagando até R$ 300 pelo serviço quando ele entrou em vigor no dia 3 de fevereiro, um dos mais caros do país.

Depois da pressão feita pelo Procon, os empresários deram descontos de até 11% ao longo do mês, de modo que hoje o serviço pode ser encontrado por R$ 133 (motos) e R$ 258 (automóveis).

Embora a população ainda considere caro o preço da identificação visual, ela já está mais em conta do que o modelo anterior, que tinha tabela fixa de R$ 150 (motos) e R$ 290 (carros). Ainda assim, o órgão de defesa do consumidor quer pelo menos mais 9% de baixa. O superintendente Marcelo Salomão marcou reunião com a novata Embrasplak para analisar se eles podem baratear o serviço, que atualmente custa R$ 140 e R$ 260.