Publicado em 13/07/2025 às 16:05, Atualizado em 13/07/2025 às 15:08

Seis anos após assassinato em cinema, julgamento de policial ainda não tem data

Família de bioquímico morto em sessão de cinema em Dourados cobra justiça

Redação,

Seis anos após o assassinato do bioquímico Júlio Cesar Cerveira Filho, de 43 anos, dentro de uma sala de cinema em Dourados, o julgamento do autor do disparo, o policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, ainda não tem data marcada. O crime ocorreu no dia 8 de julho de 2019, durante uma sessão lotada de crianças e famílias, e até hoje a família da vítima aguarda por justiça.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou Dijavan por homicídio qualificado, com agravantes de emboscada, traição e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. No entanto, o processo segue sem definição de data para o júri popular.

O advogado da família, José Belga Trad, disse ao jornal Midia Max que o réu tem recorrido a diversos recursos para adiar o julgamento. “O Tribunal de Justiça já manteve a sentença de pronúncia, mas ele entrou com embargos de declaração, tentando prolongar ainda mais o processo”, explicou ao jornal.

O crime aconteceu antes da exibição do filme Homem-Aranha: Longe de Casa, em uma segunda-feira de férias escolares. Júlio e Dijavan estavam sentados na mesma fileira, com o bioquímico ao lado de um dos filhos do policial. Houve discussões por conta de poltrona, que culminaram em agressões, sendo um dos adolescentes levado um tapa.

Já nas escadarias, a discussão foi retomada e o policial efetuou disparo contra o bioquímico. A arma, não registrada, foi apreendida com 12 munições.