Publicado em 08/02/2020 às 09:00, Atualizado em 07/02/2020 às 21:11

Reunião discute o Plano Estadual de Combate ao Feminicídio em Mato Grosso do Sul

Essa foi a primeira reunião realizada com a sociedade civil para debater propostas de implementação do Plano Estadual de Combate ao Feminicídio.

Redação,

Com público formado predominantemente por representantes de organismos não-governamentais, movimentos sociais, de mulheres e feministas, a Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres realizou na noite de quinta-feira (6/2), reunião ampliada para discutir ações e parcerias na prevenção e combate ao feminicídio em Mato Grosso do Sul.

A reunião foi conduzida pela secretária Especial de Cidadania, Luciana Azambuja, que apresentou uma linha do tempo das ações já realizadas pelo Governo do Estado, destacando a atuação conjunta dos poderes Legislativo e Judiciário e sociedade civil na organização da primeira edição da campanha estadual de combate ao feminicídio, no ano passado.

Essa foi a primeira reunião realizada com a sociedade civil para debater propostas de implementação do Plano Estadual de Combate ao Feminicídio, instituído por meio do decreto nº 15.325/2019. “Já fizemos uma reunião com representantes da Sejusp e da Sedhast e outras reuniões de trabalho com órgãos governamentais estaduais serão realizadas, para que possamos discutir o fenômeno da violência contra a mulher e os feminicídios de forma transversal e integrada, mas, sem dúvida, na reunião com as mulheres de diferentes segmentos, tivemos a oportunidade de ouvir exatamente quais as necessidades e onde precisamos investir mais e melhor”, ressalta Luciana.

O Plano tem como objetivos sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre a violência sofrida pelas mulheres – que muitas das vezes leva à morte violenta – por meio de campanhas educativas permanentes e continuadas; incentivar a realização de ações de mobilização, palestras, panfletagens, eventos e debates, visando discutir o feminicídio como a maior violação de direitos humanos das mulheres, crime hediondo que não pode ser naturalizado ou banalizado; evitar a revitimização e a violência institucional da mulher em situação de violência.

Na ocasião, a vítima de violência doméstica, Juliana Reis, ressaltou a fragilização extrema de mulheres em situação de violência. “Ninguém sabe o que se passa com a vítima de violência doméstica. A maioria das mulheres que passam por isso não conseguem falar, eu mesma não identificava a violência, somente no dia que fui até a delegacia eu vi que sofria todos os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha. Sofria violência velada”.

Após os debates foram definidos alguns encaminhamentos, como por exemplo, a capacitação para atendimento humanizados de policiais civis, militares e profissionais da saúde. A Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres estará recebendo através de e-mail ([email protected]) propostas de todos os cidadãos sul-mato-grossenses para o enfrentamento a todas as formas de violência contra as mulheres.