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11/06/2019 às 09:30, Atualizado em 10/06/2019 às 21:25

Projeto de Lei ameaça 7 mil empregos em postos de combustíveis de MS

O presidente da entidade, José Hélio da Silva, disse que esse projeto será um desastre social gigantesco em todo Brasil.

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Divulgação

Mais de 7 mil trabalhadores em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul poderão perder o emprego se o Projeto de Lei 1302/19, em tramitação na Câmara dos Deputados, for aprovado. Ele permite que motoristas abasteçam o próprio carro na bomba, eliminando a presença de frentistas e outros profissionais nesses estabelecimentos. O alerta é do Sinpospetro-MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis Derivados de Petróleo do MS).

O presidente da entidade, José Hélio da Silva, disse que esse projeto será um desastre social gigantesco em todo Brasil. “Como se não bastasse que mais de 15 milhões de brasileiros estejam desempregados há anos, teremos mais essa verdadeira bomba que só em empregos diretos no Mato Grosso do Sul serão 7 mil pais de família. Sem contar com o desemprego indireto”, critica.

Gilson da Silva Sá, diretor do Sinpospetro/MS disse que o autor da proposta é o deputado federal Vinicius Point (Novo-SP), que alega que permissão de postos de autosserviço é uma das sugestões constantes em estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Essa proposta não dará certo pois além de provocar um número maior de desempregados, vai colocar em risco a vida de consumidores e seus familiares que estiverem nos veículos”, argumentou.

A direção do Sinpospetro-MS entende que a população brasileira não tem essa cultura do autosserviço, ainda mais em se tratando de um produto de elevado risco de saúde e de acidente. Gilson Sá lembrou que o manuseio indevido de combustíveis provoca câncer e outras doenças graves.

O sindicato apela para a bancada parlamentar de Mato Grosso do Sul para que não aprovem esse projeto. “Esperamos que nossos parlamentares, que representam essas mais de 7 mil famílias que seriam afetadas, não só não aprovem esse projeto, mas que lutem contra sua aprovação”, acrescentou Gilson Sá.

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