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21/05/2019 às 06:32, Atualizado em 20/05/2019 às 14:27

Produtores de MS são conscientes da importância do vazio sanitário e Calendário de plantio

Outra preocupação levantada durante a reunião do Comitê foi com o país vizinho, Paraguai, que não desenvolve a mesma metodologia de vazio sanitário, aumentando o potencial de inoculo (esporos) a cada safra, já que estes são trazidos pelos ventos.

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Foto: Divulgação

Dados apresentados na semana passada durante reunião do Comitê Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja mostram que os produtores rurais de Mato Grosso do Sul estão conscientes da importância do vazio sanitário da soja e do calendário de plantio.

Durante a reunião foi relatado que da amostra de fiscalização de 25% da área plantada – cerca de 2,8 milhões de hectares – o índice de autuações foi baixo, de apenas 1%. O vazio sanitário da soja será de 15 de junho a 15 de setembro e o calendário de plantio vai até o dia 31 de dezembro deste ano. O levantamento foi feito pela Agência de Defesa Sanitária Vegetal e Animal (Iagro), relativos as safras da soja 2017/2018 e 2018/2019.

Outra preocupação levantada durante a reunião do Comitê foi com o país vizinho, Paraguai, que não desenvolve a mesma metodologia de vazio sanitário, aumentando o potencial de inoculo (esporos) a cada safra, já que estes são trazidos pelos ventos.

Sob outra ótica, a disponibilidade de novos fungicidas eficientes, aliado a resistência desenvolvida pelo fungo causador (Phakopsora Pachyrhizi) aos produtos disponíveis no mercado, são fatores de preocupação dos especialistas.

O grupo ressaltou a importância do trabalho de fiscalização desenvolvido pelo Iagro, em convênio com a Superintendência de Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nas últimas safras.

Para o coordenador de Agricultura da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Fernando Nascimento, “não obstante o comportamento dos produtores sul-mato-grossenses, a doença é séria e pode comprometer a produção de soja em Mato Grosso do Sul e no Brasil, por isso o Comitê deliberou que as medidas adotadas devem ser mantidas, aperfeiçoadas e integradas com outras que a pesquisa científica gerar para minimizar e controlar a doença”.

Ao concluir o encontro, Fernando destacou a participação de representantes do Estado, no próximo dia 30 de maio, em Brasília, no evento que discutirá este tema, sob a coordenação do Senar e do Ministério Agricultura e Abastecimento.

O Comitê é um órgão técnico composto por representantes da Semagro, Embrapa, Agraer, Iagro, SFA/MAPA, UCDB, OCB/MS, CREA/MS, Famasul/Senar, Aprosoja, Fundação MS, Fundação Chapadão.

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