Publicado em 29/05/2018 às 16:30, Atualizado em 29/05/2018 às 17:25

Postos de combustíveis de MS não pagam funcionários

Redação,

Donos de postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul não estão pagando seus funcionários com a correção da inflação desde março, quando já deveria estar em vigor a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2018/19), negociada entre as duas partes. A denúncia é do Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul) que já apelou até para o Ministério Público do Trabalho e ao Ministério do Trabalho e Emprego, que foram desrespeitados pelos empresários ao não comparecer em reunião marcada pelas autoridades, na tentativa de resolver o assunto.

O presidente do Sinpospetro/MS, José Hélio da Silva afirma que os donos de postos, por intermédio de seu sindicato, o Sinpetro/MS, não respeitam seus empregados e seus familiares ao se recusarem sequer a sentar para discutir a CCT. “Como em todos os anos, o Sinpetro/MS recebeu nossas reinvindicações no início do ano, entre janeiro e fevereiro, para que tivessem tempo para analisar as reivindicações e discutir conosco. Este ano eles não sentaram uma vez sequer conosco e num completo desrespeito àqueles (trabalhadores) que fazem as empresas funcionarem e terem lucro, não ouviram o apelo nem mesmo do Ministério do Trabalho, que tentou uma mesa de negociação”, informou José Hélio.

O Sinpospetro/MS da região da Grande Dourados também tece duras críticas aos donos de postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul por não querer ceder sequer as perdas para a inflação para os salários dos empregados. Gilson da Silva Sá, presidente da entidade, afirma que os postos de combustíveis nunca faturaram tanto como nos últimos anos. Os números da ANP (Agência Nacional de Petróleo) comprovam isso. Só não pagam a reposição e reajuste por puro ganância e desejo de ganharem sozinhos, afirma ele.

O Sinpospetro/MS garante também que o faturamento dos postos de combustíveis não caiu nem mesmo agora com a crise dos caminhoneiros e que tão logo a situação volte à normalidade nas estradas, o consumo de combustíveis aumentará muito para compensar o tempo parado dos caminhões e veículos nas estradas.

Além disso, o acordo salarial é com base nos 12 meses que antecederam o dia 1º de março, ou seja, quando não havia crise nas estradas. Pelo contrário, os preços estavam elevados nas bombas e o faturamento foi grande, garante o Sinpospetro/MS que espera contar com o bom senso dos empresários donos de postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul para fechar logo a CCT 2018/19 com não só a reposição das perdas para a inflação aos salários dos trabalhadores, bem como um aumento real sobre esses mesmos vencimentos.