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30/10/2022 às 14:00, Atualizado em 25/10/2022 às 15:36

Pesquisa indica risco de desmatamento de até 40% no Cerrado de MS

Em área de 3,4 milhões de hectares, variação foi de alto risco em 14% e a médio risco de 40% no Cerrado

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Pesquisa foi realizada na região de cerrado em MS e mais três estados. (Foto/Divulgação) 

Pesquisa realizada pela Embrapa mapeou o risco de desmatamento no Cerrado de Mato Grosso do Sul e identificou índices de 14% a 40% em área de 3,4 milhões de hectares. A informação, segundo a pesquisa, é importante ferramenta para auxiliar os governos federal, estaduais e municipais na adoção de medidas protetivas e preventivas.

O trabalho foi realizado em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais e levou em conta o método Aceu, que leva em conta acessibilidade local, aptidão da terra para uso agropecuário, existência de recursos naturais e se há algum regime de proteção.

Em Mato Grosso do Sul, a área avaliada é de 3,4 milhões de hectares, nos quais os riscos de desmatamento encontrados foram 14% muito alto, 16% alto, 40% médio, 14% baixo e 16% muito baixo.

De acordo com a pesquisa, dos 8,4 milhões de hectares de Cerrado avaliados em 25 municípios de Mato Grosso, 17% possuem risco muito alto de desmatamento, 19% possuem risco alto, 19% risco médio, 15% baixo e 30% muito baixo.

Em Minas Gerais o projeto avaliou 2,6 milhões de hectares de Cerrado, sendo que 8% apresentam risco muito alto de desmatamento, 25% alto, 27% médio, 20% baixo e 20% muito baixo.

Já em Goiás, foram mapeados 2,4 milhões de hectares de Cerrado, com 5% apresentando risco muito alto de desmatamento, 18% risco alto, 27% risco médio, 20% baixo e 20% muito baixo.

A chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastorial (MT), Laurimar Vendrusculo, ao indicar onde o risco é maior, os dados permitem ao poder público tomar medidas para evitar que o desmatamento ocorra. “Por exemplo, áreas mais suscetíveis poderiam ter mais subsídios econômicos para implantação de florestas plantadas ou restauração florestal”.

Evitado - De acordo com a metodologia utilizada na pesquisa, conforme a pontuação final no método ACEU, a área é classificada com risco muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto de desmatamento. Para cada um desses riscos há um percentual de perda de vegetação esperada em um período de 20 anos. É com base nessas informações que se calcula o desmatamento esperado para cada município avaliado.

Os resultados mostraram que, em 2019, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram menor desmatamento no Cerrado do que o esperado. Foram 65,9 mil hectares a menos em MT e 14,8 mil a menos em MS.

Com informações do Campograndenews

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