Buscar

29/11/2016 às 14:30, Atualizado em 29/11/2016 às 14:32

Pensão de ex-governadores custa R$ 1 milhão por ano a Mato Grosso do Sul

Média de aposentadoria dos políticos é de R$ 30 mil.

Apenas três ex-governadores de Mato Grosso do Sul recebem pensão vitalícia pelo tempo em que passaram no cargo. As remunerações, contando 13º salário do trio, custa mais de R$ 1 milhão por ano aos contribuintes. O Portal de Transparência do Governo do Estado revela que o ex-governador Marcelo Miranda, que ocupou o cargo em duas ocasiões, recebe por mês o teto do funcionalismo público estadual, ou seja R$ 30,4 mil.

Miranda governou o Estado pela primeira entre junho de 1979 a outubro de 1980, quando foi nomeado Chefe do Executivo Estadual pelo então presidente do regime militar, João Batista Figueiredo, e a segunda entre março 1987 a março de 1991, desta vez eleito pelo voto popular.

Pedro Pedrossian, também recebe o teto do funcionalismo público, R$ 30,4 mil, e é outro que governou Mato Grosso do Sul em duas ocasiões. Engenheiro de formação e conhecido por obras de grande porte, ele também foi governador de Mato Grosso, de onde recebe outros R$ 24,1 mil de pensão vitalícia, conforme informações do Portal de Transparência mato-grossense.

Somadas, as aposentadorias de Pedrossian custam R$ 54 mil por mês aos cofres públicos dos dois estados.

Pedrossian também foi nomeado por Figueiredo, e ficou no cargo pela primeira vez de novembro de 1980 a março de 1983, depois, eleito governador, ficou no poder de março de 1991 a janeiro de 1995.

O ex-senador Ramez Tebet (1936-2006) governou MS entre maio de 1986 e março de 1987, quando era vice-governador e assumiu com a saída de Wilson Barbosa Martins para o Senado. Pelo período no cargo, também teve direito ao benefício.

Wilson Martins, que foi eleito por duas vezes governador do Estado, abriu mão da pensão em 2011, quando o assunto foi alvo de críticas populares.

Já Zeca do PT, governador entre 1999 a 2006, chegou a receber a pensão, e só parou porque o benefício foi suspenso em 2007 por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), depois que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra as pensões vitalícias a políticos.

André Puccinelli (PMDB), que deixou o cargo em 2014, após dois mandatos, não chegou a ter acesso à regalia devido à decisão dos ministros do Supremo.

Dados do portal do Sindicato Nacional dos Aposentados dão conta que a maioria dos brasileiros recebe cerca de R$ 1,3 mil de aposentadoria, o equivalente a cerca de um salário mínimo e meio.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.